MPE nega pedido de afastamento de Guilherme Maluf

O Núcleo de Ações de Competência Originária (NACO – Criminal) , que atua nos processos relacionados à Operação Rêmora, informa que não houve qualquer pedido de afastamento do deputado Guilherme Maluf, como foi noticiado pela imprensa, na manhã desta terça-feira (12). Na verdade, a defesa do deputado protocolou parecer pedindo afastamento de competência do pleno do TJ para julgar a ação penal sobre a Operação, para que tramite na Turma de Câmaras Criminais Reunidas.

De acordo com o que foi divulgado pela Gazeta Digital, o pedido de afastamento teria por base uma possível obstrução na apuração de informações envolvendo a Assembleia Legislativa (ALMT). Segundo a assessoria do TJMT, houve um mal-entendido entre a assessoria e a equipe do desembargador Rondon Brasil.

Em nota, O deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) informou que recebeu com estranheza, via imprensa, a notícia de um pedido de afastamento do seu mandato feito pelo Ministério Público Estadual (MPE) no âmbito da operação Rêmora. A defesa do parlamentar, sob o advogado Hélio Nishiyama, esclareceu que não existe qualquer pedido de afastamento do parlamentar de suas funções.

“Na condição de advogado do Deputado Estadual Guilherme Antonio Maluf nos autos n. 128660/2017, em curso no TJMT, esclareço que a petição n. 856/2019, subscrita pelo Dr. Antônio Sergio Cordeiro Piedade, Coordenador do NACO, juntada aos autos na data de 11/02/2019, refere-se ao parecer do Ministério Público Estadual em relação ao nosso pedido formulado em 01/02/2019, portanto, não se trata de pedido formulado pelo Ministério Público Estadual de afastamento do cargo de Deputado Estadual”, enfatizou Nishiyama.

Operação Rêmora

A Operação Rêmora foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) em 2016 para apurar um esquema de fraudes nas obras de reforma e construção de escolas orçadas em R$ 56 milhões.

Guilherme Maluf foi acusado de receber R$ 40 mil em propina, mas o valor divergiu a partir das delações de Alan Malouf e Giovani Guizardi. O MP denunciou o deputado por organização criminosa, vinte vezes por corrupção passiva e embaraçamento da investigação.

Segundo a denúncia, o deputado tinha participação semelhante à de Alan Malouf na operação da organização criminosa. Como o empresário do ramo de alimentação, Maluf deputado seria do núcleo de liderança e beneficiário direto de parte das propinas arrecadadas. Para isso, usava sua influência política para realizar as articulações e criações de pontes entre o poder público e a iniciativa privada.

Atualizado em 13:53

Veja Mais

Deixe seu Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *