Agricultores de Mato Grosso já começam a vender a próxima safra de soja

Começou mais cedo do que de costume a comercialização da nova safra de soja no estado que mais produz o grão no país. Antes mesmo da conclusão da colheita do ciclo 2018/19, as primeiras negociações envolvendo a oleaginosa que só será colhida em 2020 já começaram a movimentar o mercado.

De acordo com o Imea, já foram vendidos 2,43% da futura produção (ainda sem projeção atualizada, mas que deve girar em torno de 31,9 milhões de toneladas como a atual). A comercialização com tamanha antecedência é histórica e foi motivada, principalmente, pela antecipação do posicionamento de alguns players no mercado. Ainda segundo o Imea, o preço médio de venda ficou em R$ 66,94 por saca.

Quanto à atual safra, os números mostram avanço no ritmo de vendas, chegando a 61,29% da produção. Segundo o Imea, a valorização do Dólar e dos prêmios nos portos brasileiros, somada à necessidade dos agricultores escoarem a safra, ajudaram a impulsionar os negócios em fevereiro. Vale destacar que o volume total vendido até aqui é menor que o que já estava vendido em média nas últimas cinco safras (63,59%). Em números absolutos, 19,5 milhões de toneladas de soja já foram vendidos. Nesta safra, Mato Grosso deve produzir ao todo 31,9 milhões de toneladas do grão.

Exportações recordes

Em fevereiro os embarques de soja produzida em Mato Grosso totalizaram 1,85 milhão de toneladas, o equivalente a 30% do que o Brasil exportou no período. Com este volume, o estado fechou o primeiro bimestre com exportações recordes do grão. Foram 2,24 milhões de toneladas. Mais de 76% deste volume tiveram como destino a China. Ou seja, de cada 4 grãos de soja que saíram de Mato Grosso rumo a outros países, 3 foram para atender à demanda chinesa.

A participação do país asiático, que é o principal comprador da soja mato-grossense, avançou significativamente se comparada ao primeiro bimestre do ano passado. Naquele momento, os chineses respondiam por 61,29%. dos embarques do grão. Este aumento, segundo o Imea, é um reflexo direto da disputa comercial entre a China e os Estados Unidos, que deixa de comprar dos americanos, para direcionar suas compras para o Brasil.

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