Assassino de engenheiro agrônomo ganha cela especial em MT

O juiz Rafael Depra Panichella, da Comarca de Porto dos Gaúchos (650 km de Cuiabá), autorizou que o produtor rural Paulo Faruk de Moraes, acusado de assassinar a tiros o engenheiro agrônomo Silas Henrique Palmieri Maia, de 33 anos, permaneça em cela especial em unidade prisional do município.

A decisão foi tomada, após a defesa do acusado informar ao magistrado que Paulo Faruk tem direito a cela especial por ter exercido a função de jurado em tribunais de júri na Comarca de Nova Mutum (238 km da Capital).

No pedido, os advogados solicitaram que o assassino confesso fosse encaminhado ao Centro de Custódia de Cuiabá (CCC). Entretanto, o magistrado decidiu mantê-lo na Cadeia Pública de Porto dos Gaúchos e autorizou que ele fique em cela separada dos demais presos.

“Proceder a INTIMAÇÃO do Diretor da Cadeia Pública local, do inteiro teor da decisão anexa, que manteve o deferimento da prisão especial ao réu Paulo Faruk de Moraes, a ser executada, em cela separada da unidade prisional desta comarca de Porto dos Gaúchos, com fundamento no art. 295, inciso X, e parágrafos, do Código de Processo Penal (Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941)”, diz trecho da decisão assinada na última segunda-feira (12).

Confissão

Faruk, que matou com tiros na cabeça o engenheiro agrônomo, no dia 18 de fevereiro, se entregou à Polícia Civil de Juara (600 km de Cuiabá) três dias depois do crime.

Ele confessou ter sido autor do homicídio dentro de uma lanchonete no Distrito de Novo Paraná, registrado por câmeras de segurança.

Segundo o delegado de Sinop, Carlos Henrique Engelmann, Faruk disse que matou a vítima porque ela estaria invadindo sua propriedade rural e o pressionando diante de uma dívida referente à produção da safra 2018/19.

Paulo negou ter planejado o crime. Ele ainda revelou que ao ver Silas na lanchonete resolveu matá-lo sem pensar nas consequências.  Depois disso, afirmou que não se lembra de mais nada.  Em seguida, teria fugido em sua caminhonete para a cidade de Juara.

Sobre a arma do crime, Paulo contou aos policiais que tem registro de porte e que deixou em frente à Delegacia de Polícia na cidade de Tabaporã.

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