Investigados são transferidos para o Corpo de Bombeiros

A juíza Ana Cristina Mendes, da 7ª Vara Criminal da Capital autorizou a transferência do ex-secretário de Saúde Huark Correa e os médicos Luciano Correia Ribeiro e Fábio Liberali Weissheimer, para o 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros de Cuiabá, no Bairro Verdão, eles foram presos durante a Operação Sangria.

Eles estavam no Centro de Custódia da Capital (CCC), o grupo é alvo da Operação Sangria, que investiga um esquema de monopolização do sistema de saúde tanto na Prefeitura de Cuiabá quanto no Governo do Estado.

Segundo a assessoria de imprensa da Secretária de Estado de Segurança Pública, os médicos estão na unidade do Corpo de Bombeiros desde a sexta-feira (19).

A transferência do grupo acatou uma determinação judicial proferida na semana passada. O processo segue em segredo de justiça, e por isso, não se sabe o motivo da transferência.

A reportagem entrou em contato com a defesa dos três, feita pelo advogado Hélio Nishiyama, mas não obteve retorno.

No início deste mês o grupo de médicos ingressou com o pedido de cancelamento de habeas corpus do Tribunal de Justiça de Mato Grosso e no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Nos bastidores, a desistência sinaliza que vários acusados já estão se preparando para tentar formalizar acordo de delação premiada.

Sangria

Deflagrada pela Delegacia Fazendária, a operação é um desdobramento do cumprimento de onze mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá, ocorridos no dia 4 de dezembro, para apurar irregularidades em licitações e contratos firmados com as empresas Proclin, Qualycare e a Prox Participações, firmados com o Município de Cuiabá e o Estado.

No esquema, são denunciados o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia, o ex-adjunto da Pasta Flávio Alexandre Taques da Silva, além de Fábio Liberali Weissheimer, Adriano Luiz Sousa, Kedna Iracema Fonteneli Servo, Luciano Correa Ribeiro, Fábio Alex Taques Figueiredo e Celita Natalina Liberali.

O delegado Lindomar Aparecido Tofoli explicou que no transcorrer das investigações do inquérito principal, ficou constatado que o grupo criminoso teria destruído provas e apagado arquivos de computadores para dificultar as investigações, além de ameaças feitas a testemunhas.

“O que chama a atenção é que atos totalmente reprováveis estão sendo cometidos por alguns membros da organização criminosa no intuito de ocultar, destruir provas, limpando gavetas, coagindo testemunhas, usando da influência política e econômica para interferir diretamente no cumprimento de contratos provenientes de processos licitatórios”, disse o delegado.

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