Popularização da ciência como estratégia de inclusão social

*Lecticia Figueiredo

Ações e iniciativas em popularização da ciência e tecnologia têm objetivo de contribuir para promoção e apropriação do conhecimento científico-tecnológico pela população em geral, para ampliar as oportunidades de inclusão social das parcelas mais vulneráveis da população brasileira, para promover autonomia, possibilitando a conquista do empoderamento e efetiva participação cidadã, e para a melhoria do ensino de ciências.

As profundas desigualdades na distribuição das oportunidades educacionais e do conhecimento são ainda desafios grandes para a inclusão social em nosso país. A incorporação de grandes parcelas marginalizadas da população é uma tarefa importante, cuja chance de êxito dependerá do estabelecimento de um processo coletivo suficientemente amplo, que envolva órgãos governamentais, instituições de pesquisa, universidades, entidades científicas e tecnológicas, cientistas, comunicadores, pesquisadores, professores e estudantes (Moreira, 2016).

O ensino de ciências tem como uma das metas que o indivíduo seja capacitado a avaliar a produção e aplicação da ciência e tecnologia, e entre os objetivos dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino fundamental deseja-se que o aluno seja capaz de perceber-se integrante, como um agente transformador capaz de utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos.

Considerando que o papel da ciência e tecnologia é fundamental para o desenvolvimento socioeconômico sustentável, é necessário criar mecanismos para estimular continuamente a cultura científica e tecnológica desde o início da escolarização formal, colaborando para consolidar o sistema estadual de ciência, tecnologia e inovação de Mato Grosso.

Atualmente o aprendizado de ciências e tecnologia no ensino fundamental, médio e técnico é fragilizado em virtude da fragmentação do ensino dos conteúdos bases das ciências como matemática, física, química, biologia entre outros. Essa pouca interdisciplinaridade dificulta aos discentes sintetizar e dar coerência ao conjunto, devido inclusive à ausência deespaços de ensino aprendizagem com experimentação prática desses conteúdos.

E como reduzir essas debilidades?

Valorizando a ciência em nossa sociedade, destacando seu papel no desenvolvimento tecnológico. Propiciar espaços científico-culturais (museus de ciências, laboratórios, planetários, zoológicos) que despertam a curiosidade científica desses jovens. Promover ações como: Clubes de ciências, feiras de ciências, mostras científicas, universidades de portas abertas, permitindo aos usuários participarem como agentes ativos de experiências que envolvem fenômenos científicos de forma adequada e motivadora, para que haja estímulo à compreensão de conceitos e a popularização da ciência.

*Lecticia Figueiredo é mestranda em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação – Profnit e superintendente de Desenvolvimento Cientifico Tecnológico e de Inovação da Seciteci

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