Incêndio em Notre-Dame preocupa igrejas de MT

O incêndio que atingiu a catedral de Notre-Dame na segunda-feira (15), em Paris, reacende preocupações acerca de igrejas e obras históricas de Mato Grosso. Em Cuiabá, apesar das fiscalizações, alguns santuários e instalações centenárias sofrem sob o risco de devastações semelhantes ao da capital francesa.

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O caso que mais recende foi registrado em setembro de 2018 quando um casarão construído ao lado da Igreja do Rosário e São Benedito pegou fogo, devastando a residência e oferecendo riscos à tradicional capela erguida no centro da capital.

Na baixada cuiabana, a Igreja de Nossa Senhora do Bom Despacho, construída em 1956 no centro, inclusive segue traços da catedral de Notre Dame. De acordo com o administrador do santuário, Vitor Henrik, 21, o acontecimento em Paris reacende precauções nas prevenções de incêndios. “Aqui na igreja, os bombeiros fizeram a última vistoria há um mês. O fato em Notre-Dame nos mostra a importância de preocupar com as questões de manutenção”, salienta.

Em Paris, o fogo destruiu parte de Notre-Dame e levou 9 horas para ser controlado, causando grandes danos à catedral. Todo o telhado, a armação, parte da abóbada e a “flecha” (torre mais alta) foram destruídos. Na ocasião, turistas de Mato Grosso que estiveram na catedral lamentaram e classificaram o incêndio como “grande desastre”.

Diante do fato que comoveu autoridades no mundo inteiro, o capitão do Corpo de Bombeiros, Hemerson Henrique, explica a importância das fiscalizações na igreja, principalmente por receber muitos fiéis diariamente. “Em igrejas, a preocupação é maior principalmente por ter um grande fluxo na circulação de pessoas todos os dias. Após a liberação do alvará que confirma que aquele local está dentro do parâmetros exigidos, é feito as vistorias a cada 2 anos”, afirma.

De acordo com o capitão, apesar dos parâmetros de segurança, ainda existem locais que funcionam de forma irregular. “Neste caso é feita uma notificação para o proprietário e administração do imóvel, dando o prazo para que as devidas adaptações sejam feitas”, ressalta.

Ele ressalta ainda que igrejas tombadas historicamente possuem inspeções específicas, principalmente por serem antigas e apresentarem arquiteturas peculiares de preservação cultural. “Neste caso de patrimônios e igrejas históricas, a vistoria é feita com base na instrução técnica n° 35 de Minas Gerais, onde prevê que engenheiro monte o projeto que ofereça segurança ao local sem que danifique os aspectos arquitetônicos da edificação”, finaliza.

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