Dona de banca diz enfrentar dificuldades

Foi após ficar desempregada que dona Rose Meire Paes, 40, resolveu abrir uma banca de revista na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Av. do CPA) em Cuiabá. Atendendo públicos de diversas idades, ela comenta as dificuldades que enfrenta para manter o negócio diante da baixa procura e queda nas vendas.

“A diferença hoje é muito grande. Quando eu comecei não tinha celular, internet e as vendas eram muitos boas. Antes das revistas chegarem o pessoal já estava procurando, hoje não, a galera acessa a internet e já tem todo o conteúdo”, disse.

Em entrevista ao site Mato Grosso Mais, dona Rose explicou que decidiu investir na banca de revista após ter sido surpreendida pelo fechamento da empresa em que trabalhava em 2000. Na ocasião, o negócio foi a solução encontrada para obter uma fonte de renda.

“Eu trabalhava na antiga Telemat e com a minha indenização eu investi na banca. Já tinha uma certa idade e praticamente quando você chega em uma idade, você não tem mercado para trabalhar”, salienta.

Na pequena estrutura pintada de roxa erguida sobre a calçada na Av. do CPA, fregueses podem encontrar revistas de diversos assuntos, jornais, livros de receitas além de outros utensílios. Entre os mais vendidos, está o caça palavras, que segundo a proprietária, é o mais procurado por pessoas com idade mais avançada.

“Atendo público de diversas idades, mas atualmente os que mais frequentam a banca são os idosos. Eles procuram pelo caça palavras para exercitar a memória e é o produto mais vendido aqui”, explica.

Para manter o empreendimento que já completa quase 20 anos, dona Rose, afirma ainda que procura se reinventar oferecendo outros tipos de produtos para garantir a sobrevivência do negócio. “Eu vendo, chiclete, refrigerantes, água, recargas de celular, chips. A gente tem que agregar outras coisas para pode sobreviver porque só da revista mesmo tá difícil”, explica.

Por fim, ela complementa que devido as limitações da idade e queda nas vendas, atualmente conta com a ajuda da família para se manter. “Hoje o meu trabalho é só esse, mas tem mais pessoas na minha família, na minha casa que trabalha em outros ramos, então vai agregando juntos para sobreviver, se fosse só com o dinheiro daqui não daria”, conclui.

Veja Mais

Deixe seu Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *