Assembleia de MT vai à JF para impedir corte na educação federal

Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) deve ingressar com uma ação civil pública contra o corte de recursos para a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e para o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), anunciado pelo Governo Federal. A  Comissão de Educação solicitou à Procuradoria-Geral uma análise técnica da viabilidade de uma intervenção judicial.

O Poder Legislativo estadual, por meio da Procuradoria-Geral, vai recorrer à Justiça Federal de Mato Grosso por se tratar de recursos da União.

“O Parlamento estadual vai buscar os meios legais para tentar impedir prejuízos às atividades dessas instituições o mais rápido possível. Não vamos nos omitir diante de uma situação que poderá atingir estudantes de todas as regiões do Estado”, disse a presidente da ALMT, deputada Janaina Riva (MDB).

De acordo com o procurador-geral da ALMT, Grhegory Paiva Pires Moreira Maia, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconhece que as comissões dos parlamentos estaduais têm competência para ingressar com este tipo de ação.

“Após uma consulta, identificamos a viabilidade de dar entrada à ação civil pública para tentar impedir a suspensão dos recursos. Já na próxima semana a Procuradoria-Geral deverá ingressar com a ação”, explicou.

O deputado estadual Thiago Silva (MDB), presidente da Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura e Desporto, explica que professores, alunos e reitores de instituições de ensino procuraram a comissão em busca de ajuda para reverter esta situação. Segundo o parlamentar, o corte anunciado pelo governo federal vai na contramão das ações necessárias para a Educação.

“Enquanto os países desenvolvidos investem cada vez mais em educação e pesquisas, o Brasil sofre pela falta de recursos para as nossas instituições. As universidades já vinham passando por um período de contingenciamento e a situação deverá ser agravada caso os cortes sejam concretizados. Hoje as universidades públicas são responsáveis por 95% da produção científica do país e acolhem alunos de todas as classes econômicas”, disse o deputado.

Cortes

Em nota publicada nesta semana, a reitora da UFMT, Myrian Serra, afirmou que o corte de 30% anunciado pelo Governo Federal “compromete nosso desempenho e avanço e nos leva à beira de um retrocesso inimaginável”.

A UFMT possui 113 cursos de graduação em 33 cidades mato-grossenses – além de 66 programas de mestrado e doutorado, atendendo a 25.435 estudantes.

Conforme a reitora, R$ 34 milhões do orçamento anual da UFMT foram bloqueados.

O reitor do IFMT, Willian Silva de Paula, também informou que a instituição precisará passar por um replanejamento após bloqueio de R$ 31,8 milhões.

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