Desembargadora do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Marilsen Andrade, acatou recurso de sete médicos em ação de cobrança contra a Sociedade Mato-grossense de Assistência em Medicina Interna Ltda (Proclin), investigada por fraudes em contratos públicos de Saúde e determinou bloqueio de R$ 709 mil no âmbito da Operação Sangria.
“Conforme se pode depreender dos extratos do Programa Pega Plantão carreados aos autos, nos quais constam os plantões e demais atendimentos realizados por cada um dos agravantes junto aos Hospitais Metropolitano e São Benedito desde agosto de 2018, e os respectivos valores que lhes são devidos individualmente, tem-se por evidenciada, por ora, a relevância da fundamentação”, diz trecho do documento.
Os médicos firmaram coma Proclin uma sociedade em conta de participação (SCP), para que prestassem serviços médicos a terceiros. Os profissionais trabalharam em regime de plantão nos hospitais sem receber salário por aproximadamente sete meses.
De acordo com os autos, datada do dia 23 de maio, a desembargadora Marilsen Andrade considerou documentos juntados pela médicos que buscavam bloqueio. Conforme entendimento da magistrada, restou comprovada a dívida.
A investigação da operação Sangria apura fraudes em licitação, organização criminosa, corrupção ativa e passiva, crimes cometidos através de contratos celebrados com as empresas usadas pela organização, em especial, a Sociedade Mato-Grossense de Assistência Médica em Medicina Interna (Proclin), Serviços de Saúde e Atendimento Domiciliar (Qualycare) e Prox Participações.