Galli diz que sofreu mordaça ao ser condenado

O ex-deputado federal e hoje assessor especial da Presidência da República, Victório Galli (PSL), disse, em entrevista ao Programa Resumo do Dia, na noite desta segunda-feira (3), que sofreu uma espécie de “mordaça” do Poder Judiciário de Mato Grosso ao dar uma entrevista a uma rádio local e após isso ter sido condenado a pagar multa a título de danos morais no valor de R$ 100 mil à comunidade LGBT.

“Simplesmente, eu dei a minha opinião. Estão tirando o meu direito de dar opinião. A mordaça que a gente não pode dar opinião”, comentou.

Na entrevista dada ao veículo, Galli teria dado o seguinte depoimento: Com relação a essa situação do Mickey e da Disney, a gente vê que em todas as suas atuações, eles fazem apologia ao homossexualismo. Inclusive o Mickey, se você fizer um estudo profundo como eu já fiz, ele representa de fato, ele é homossexual tá. Então, as pessoas estão enganadas com essa mensagem subliminar que a Disney está passando para a sociedade, principalmente às nossas crianças”; Na questão que o rei leão deveria ser um animal feroz, de transmitir respeito aos outros animais, ele se torna um animalzinho frágil, animalzinho que carece de proteção dos outros, entendeu?”; “Na realidade é outra mensagem que também transmite a apologia ao ‘gayzismo’”; “(…) se você está pensando que a sua viagem à Disney… indo pra lá, você não vai trazer uma formação positiva para sua família, entendeu? Eles vão ver, entre outras coisas lá, a situação que eles estão denegrindo a família tradicional, isso é patente (…).”; “Onde é que se viu há tempos atrás homem usar saia, homem vestir roupa de mulher, vestir sutiã, deixar os peito crescer, faz tudo querendo ser mulher? Onde que via isso lá atrás? Estão chamando isso de modernidade. Isso é sem-vergonhice. Entendeu? Homem tem que ser homem. Mulher é mulher”.

De acordo com o ex-parlamentar, a opinião dada por ele nessa entrevista foi por ser contra o “ativismo gay, apologia ao homossexualismo”.

“No meu entender, a pessoa deve esperar ser maior de idade para decidir o que ele quer ser na vida. Se ele achar, de bem, ter um relacionamento homem com homem, mulher com mulher, o problema é dele. Sendo maior de idade, vão ser felizes em quatro paredes, sem problema algum”, comentou.

Galli disse, ainda na entrevista ao Resumo do Dia, que a juíza da Vara Especializada Ação Civil Pública e Ação Popular da Comarca de Cuiabá, Célia Regina Vidotti, ainda teve “dó” dele ao condená-lo somente em R$ 100 mil. “Meus acusadores queriam meio milhão”, relatou. A ação contra Victório Galli foi feita pela Defensoria Pública do Estado e a condenação da Justiça saiu em março deste ano.

O ex-deputado argumentou que recorreu da decisão.

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