Ex-Bic contribui com Justiça e Ararath pode ter novas operações

O ex-superintendente do Bic Banco e delator da Operação Ararath, Luis Carlos Cuzziol, prestou depoimento, durante 3 horas e meia, ao juiz da 5ª Vara Criminal da Justiça Federal, Jeferson Schneider.

Assim que deixou o prédio da Justiça Federal, em Cuiabá, o ex-superintendente não falou com a imprensa, mas o advogado dele, Rodrigo Batista da Silva, disse ao que não poderia revelar o conteúdo do depoimento por estar em segredo de justiça.

“O processo está em segredo de justiça. Assim que liberarem  o segredo de justiça, nós vamos dar declaração. O interrogatório foi referente ao caso Ortolan. Ele está prestando dois esclarecimentos à Justiça, contribuindo no que é necessário”, disse o advogado.

O defensor, porém, admitiu que o seu cliente está colaborando com todas as informações prestadas à Justiça.

A expectativa é que Cuzziol revele novos detalhes que envolvem personalidades políticas do Estado.

De acordo com a denúncia, as provas recolhidas durante a Ararath apontam que foram praticadas inúmeras operações ilícitas de empréstimos bancários, totalizando aproximadamente R$ 12 milhões, com o conhecimento e colaboração do representante do Bic Banco.

Os empréstimos eram concedidos à pessoa jurídica Ortolan Assessoria e Negócios Ltda, e tinham como garantia créditos fictícios que a empresa possuía junto ao governo do estado de Mato Grosso, por meio de simulação de prestação de serviços na área de consultoria e assessoria em gestão governamental.

A garantia do crédito junto ao governo do estado foi dada por meio de ofício expedido, sem autuação, pelo então secretário de Fazenda de Mato Grosso, Éder Moraes Dias.

Durante audiência, Eder Moraes requereu que a delação fosse anexada ao processo. O pedido foi acolhido pelo juiz Jeferson Scheiner , da 5° Vara Federal em Mato Grosso, e o documento deve ser compartilhado pelo Tribunal Regional Federal (TRF1).

Já a defesa do ex-secretário Eder Moraes, patrocinada por Fabian Feguri, declarou que Cuzziol apresentou fatos novos. “Não sei até que ponto isso var gerar novos desdobramentos da operação”, afirmou e esclareceu que foi requerido reinterrogatório nesta fase da operação, mas Eder deve ser ouvido de novo em todas as fases em que é réu.

*Com supervisão do editor.

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