Líder de quadrilha, universitária é presa com 70 celulares

Uma universitária, de 23 anos, foi presa pela Polícia Civil, através da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Várzea Grande (Derf-VG), na manhã desta quarta-feira (26.06),  na operação “Smart”, apontada como uma das líderes de uma quadrilha de receptação de roubo/furto de celulares.

Na residência da suspeita, foram apreendidos cerca de 70 aparelhos celulares, caderno de contabilidade, máquina de cartões e diversas notas promissórias assinadas pelos respectivos receptadores.

Segundo a delegada titular da Derf-VG, Elaine Fernandes da Silva, a universitária usava as noções do curso de administração para gerenciar a estrutura financeira da associação criminosa, mantendo uma rede de receptadores, organizada em pastas arquivos, em ordem alfabética.

“A líder ostenta alto padrão socioeconômico, inclusive está construindo uma mansão em um condomínio de luxo na Capital”, disse a delegada.

A ação resultou na apreensão de 80 smarthphones, além da lavratura de 14 procedimentos na delegacia, sendo quatro prisões em flagrante e 10 Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO), relacionados ao crime de receptação.

A operação integra a operação Pública Salutem, desencadeada pela Secretaria de Estado Segurança Pública (Sesp-MT). Todo efetivo operacional da Derf-VG participou da ação, que contou também com o assessoramento do Núcleo de Inteligência da unidade.

As investigações iniciaram em maio deste ano, após o furto de aparelhos celulares na loja da Havan, em Várzea grande. O crime ocorreu no dia 04 de maio, ocasião em que os criminosos escalaram o telhado da empresa, invadiram a loja e subtraíram diversos aparelhos das marcas Asus, LG, Motorola, Apple e Samsung, avaliados em R$ 70 mil.

Durante as investigações, a equipe da Derf-VG descobriu a atuação do grupo criminoso, o qual atua alinhado com o mercado receptador, que encomenda a carga aos executores dos roubos e furtos.

As cargas de aparelhos celulares, geralmente, são furtadas/roubadas em proximidades de datas comemorativas, nas quais os produtos de origem criminosa, são inseridos no mercado consumidor.

“No caso do furto da Havan, a carga furtada foi, certamente, receptada para ser injetada no mercado consumidor no dia das mães”, disse Elaine.

Para a delegada, identificar e responsabilizar o mercado receptador é tão, ou mais importante, quanto desarticular a associação criminosa responsável pelo roubo/furto.

“É importante a sociedade se conscientizar através dos rigores da lei, sobre os danos causados pela receptação, uma vez que, um produto receptado, pode muitas vezes ter sido a causa da perda de uma vida, como em casos de latrocínio”, disse.

Elaine enalteceu o brilhante trabalho realizado pela equipe de investigadores e escrivães da Derf-VG.

“Sem a dedicação e o comprometimento de todos não seria possível alcançar êxito no trabalho, que tem objetivo principal de prevenir e reprimir a receptação, que traz danos, muitas vezes irreparáveis a toda sociedade”, finalizou. Com Assessoria PJC/MT.

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