Juiz “enterra” pedido de suspeição de Coronel contra desembargador

O juiz Marcos Faleiros da Silva, da 11ª Vara Criminal Especializada da Justiça Militar, julgou extinto o processo, sem resolução de mérito, do pedido feito pelo Coronel da Polícia Militar de Mato Grosso, Airton Benedito de Siqueira Júnior, sobre o pedido de suspeição que o oficial fez em face do desembargador do Tribunal de Justiça, Orlando de Almeida Perri, relator do caso conhecido como Grampolândia Pantaneira.

De acordo com a decisão de Faleiros, devido à exoneração do cargo de secretário de Justiça e Direitos Humanos do Estado de Mato Grosso, ocupado pelo réu na gestão do então governador Pedro Taques (PSDB) e, em consequência a perda do foro por prerrogativa de função, o caso passou a tramitar em Primeira Instância.

“Sendo assim, com o feito sendo processado e julgado por este r. Juízo, causa incontestavelmente a perda do objeto do pleito em questão, já que a exceção de suspeição em tese não se dirige ao Juízo, pois tem caráter personalíssimo”, diz trecho da decisão, que corre em segredo de Justiça.

OPERAÇÃO ESDRAS

O ex-secretário da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Estado (Sejudh) foi preso preventivamente na Operação Esdras, deflagrada em setembro de 2017, suspeito de tentar atrapalhar as investigações dos grampos ilegais.

A determinação da prisão foi do desembargador Orlando de Almeida Perri, relator do grampos ilegais, e cumprida pela delegada Ana Cristina Feldner, responsável pelas investigações.

Airton Siqueira Júnior  ficou preso na Academia da PM no Costa Verde, em Várzea Grande.

Além do ex-secretário da Sejudh, Orlando Perri também determinou, à época, a prisão preventiva do ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, do ex-secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas, do ex-secretário da Casa Militar, Evandro Lesco, do sargento PM João Ricardo Soler, do major Michel Ferronato, e da mulher de Evandro Lesco, Helen Dias Lesco.

JUSTIÇA RETIRA MEDIDAS CAUTELARES 

Em abril deste ano, o juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues determinou a retirada de todas as medidas cautelares dos envolvidos na investigação.

O ex-secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas, voltou a atuar como delegado. Os policiais militares investigados também voltaram ao trabalho.

A decisão é de 1º de abril e envolve Paulo Taques, Airton Benedito de Siqueira Júnior, Roger Jarbas, Evandro Lesco, João Ricardo Soler, Michel Ferronato, Helen Lesco e Gerson Luiz Ferreira Correa Júnior. A partir de agora, eles podem se comunicar entre si e até sair do município.

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