Presidente da Fiemt questiona utilidade e recursos do VLT

Com o governo de Mato Grosso prestes a apresentar uma solução definitiva para o imbróglio Veículo Leve sob Trilhos (VLT), o assunto tem gerado grande repercussão na imprensa e entidades federativas do Estado.

Em entrevista ao Mato Grosso Mais, o presidente Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso, Gustavo de Oliveira, analisa que o projeto talvez não seja preferência do governo Mauro Mendes (DEM), que, desde o início do ano utiliza do decreto de calamidade financeira para afirmar que o Estado não tem dinheiro.

“Como vai ser a finalização dessas obras? Quanto custa, em que prazo, como vão ser concluídas essas obras já que o Estado não tem dinheiro? Falta dinheiro em saúde, educação, segurança. Não me parece uma prioridade do Estado investir em uma obra especifica como essa”, enfatiza.

Oliveira coloca em xeque as condições para conclusão da obra e se o modal realmente terá a serventia que é tanto esperada pela população.

“Se ele não for eficiente para o cidadão que usa o transporte todo dia, ele não terá serventia para ninguém. Estudos de operação mostram que o VLT por tantas paradas pela velocidade que ele tem, ele pode até ser mais lento que os próprios ônibus que existem hoje”, frisa.

Por fim, o presidente da Fiemt destaca ainda que as questões operacionais do VLT que, segundo ele, deveriam ser levadas em considerações para uma possível conclusão da obra.

“Sem uma discussão com sociedade, de como deve ser essa operação, quanto vai custar essa operação, quanto vai custar a passagem e de onde vem o dinheiro para bancar essa operação desse sistema, não adianta nem falar em conclusão de obra”, finaliza.

Mendes não descarta a Parceria Público-Privada para retomada das obras, no entanto, deixa claro que os cofres públicos não dispõe de R$ 1 bilhão, valor que seria necessário para terminar a implantação. Apesar disso, promete apresentar as alternativas para retomada da obra até o dia 8 de julho.

Obras paradas

Com as obras paralisadas desde dezembro de 2014, o VLT foi projetado para ter duas linhas (Aeroporto-CPA e Coxipó-Porto), com total de 22 km, mais 40 composições com 280 vagões. Cada composição tem capacidade para transportar até 400 passageiros, sendo 72 sentados.

Ainda é previsto 33 estações de embarque e desembarque e três terminais de integração, localizados nas extremidades do trecho, além de uma estação diferenciada onde também poderá ser feita a integração com ônibus.

O contrato entre Consórcio e Estado foi rescindido com aval do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT)  no início de julho deste ano. Porém, os advogados do Consórcio já preparam um recurso no Superior Tribunal de Justiça  (STJ) para tentar reformar a decisão.

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