Fávaro chama Taques de medíocre ao saber que foi alvo de escuta

O ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD) falou, nesta quarta-feira (17), sobre o fato de  ter sido grampeado pela Casa Militar quando esteve no Palácio Paiaguás.

A revelação de que Fávaro também foi alvo das escutas ilegais foi feita pelo coronel PM Evandro Lesco, que é réu em decorrência Grampolândia Pantaneira, reinterrogado, nesta terça-feira (16), pelo juiz da 11ª Vara da Justiça Militar, Marcos Faleiros.

Segundo o oficial, durante o governo de Pedro Taques (PSDB), ele recebeu ordens do então chefe da Casa Civil, Paulo Taques, primo do governador, para que o vice-governador, Carlos Fávaro (PSD), fosse grampeado.

De acordo com o depoimento de Lesco, o objetivo de Taques, governador, seria checar a movimentação política do vice.

“A época que veio à tona o escândalo da grampolândia, havia um disque me disque sobre essa possível gravação sobre mim. Sempre fui muito cauteloso em não tomar nenhuma conclusão precipitada. Mas, ontem, foram comprovados os fatos narrados pelo Lesco, e se concretiza o sentimento ruim, de tristeza, em saber que tínhamos uma missão da fazer algo melhor pelo Estado, enquanto que o governador ficava bisbilhotando os outros”, disse Fávaro em entrevista ao portal Rdnews.

Carlos Fávaro não chegou a terminar o Governo junto com Taques, o presidente do PSD acabou rompendo com o tucano em 2018. Ele disse que ficou sabendo que poderia ter sido alvo das interceptações telefônicas, mas como não havia nenhuma certeza usou de cautela.

“Essa atitude demonstra a personalidade insegura, a incompetência e a mediocridade do ex-governador”.

OUTRO LADO

Pedro Taques nega ter autorizado as escutas ilegais. Ele explicou que a delação premiada é instrumento importante para combater crimes, porém o que é falado pelo delator, precisa ser provado.

“Notadamente em se tratando de delações cruzadas, onde, acusados na mesma ação, acusam um terceiro, sem qualquer prova”, diz.  Pedro Taques reforça que confia na verdade e na Justiça. “Já pedi pra ser ouvido no Ministério Público e na polícia; ninguém está acima da lei. Quando tomei conhecimento dos fatos investigados, pedi providência, imediatamente”, reitera o ex-governador.

O advogado Paulo Taques, ex-secretário-chefe da Casa Civil, afirmou que desde o primeiro interrogatório até este terceiro só trazem versões. “Nenhuma prova. Há mais de dois anos espero para ser ouvido. Tomara que isso ocorra logo, para que eu possa desmentir ponto por ponto do que foi dito contra mim. Isso se não pedirem o quarto interrogatório”, ironizou o advogado. Com Gazeta Digital

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