Grampos mudaram resultado das eleições de 2014, diz Lúdio

O deputado Estadual Lúdio Cabral (PT) disse ao Site Mato Grosso Mais que espera que a justiça seja feita, que os envolvidos na “Grampolândia Pantaneira” sejam punidos, mas lamenta o fato de não poder mudar o “que já é história”.

O petista teve pessoas ligadas a ele nas eleições de 2014 interceptadas por grampos telefônicos. Lúdio foi candidato ao Governo do Estado quando enfrentou Pedro Taques (à época no PDT) entre outros candidatos.

O parlamentar disse ainda, que toda essa polêmica envolvendo o Ministério Público Estadual (MPE), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e alta cúpula da política mato-grossense interferiram ilegalmente nas eleições mudando drasticamente seus resultados.

“Em relação ao grampos, é lógico que isso interferiu ilegalmente no resultado das eleições, mas infelizmente não há como corrigir aquilo que já é história. O que eu espero é que aqueles que tenham envolvimento nessa história sejam punidos. Se assegure amplo direito de defesa, devido processo legal, e quem quer que tenha envolvimento nesses grampos ilegais seja punido independente de quem seja”, disse Cabral.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), já admitiu que parlamentares querem abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o esquema de interceptações telefônicas ilegais em Mato Grosso. O principal questionamento dos deputados é em relação à suposta participação de promotores em esquemas de escutas ilegais.

“O parlamento tem uma série de instrumentos para lidar com questões que interfiram com o interesse público, se tiver alguma proposição de CPI eu não me oporia e vejo como parte do processo democrático”, afirmou o petista.

Os três militares réus da ação penal decorrente da “Grampolândia Pantaneira” relataram ao juiz Marcos Faleiros que as escutas ilegais começaram na campanha eleitoral de 2014,  quando Pedro Taques (PSDB), então senador da República, foi candidato ao Governo do Estado e eleito posteriormente.

Os policiais informaram que o José do Patrocínio era jurídico da campanha de Lúdio e foi interceptado de forma ilegal.

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