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Professores da Universidade Federal de Mato Grosso retornaram às salas de aula nesta segunda-feira (19), após 142 dias de greve, considerada a mais longa da história.
O novo calendário acadêmico será definido na tarde de hoje em reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe). O encontro será transmitido pelo portal UFMT.
Na pauta, os conselheiros terão que definir um novo planejamento de ensino conforme o andamento de cada câmpus.
Conforme a assessoria de imprensa da instituição, os calendários são diferenciados, há exemplos como o câmpus de Cuiabá, que ainda não encerrou o primeiro semestre e o de Sinop, que já concluiu e terá que organizar o período das matrículas.
A paralisação deste ano teve várias audiências com secretários da Educação (MEC), porém sem avanços.
Categoria brigava por reajuste de 27% no salário, além da reestruturação da carreira. Entretanto a proposta apresentada pelo governo federal foi um aumento salarial de 10,8% a serem pagos em dois anos.
Para Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmt), aceitar a proposta significaria um retrocesso para a classe.
Os docentes avaliaram que o grande avanço da greve foi no sentido político. Os diversos debates realizados em palestras e assembleias fortaleceram a luta.
“É nesse momento que a categoria se une e reflete sobre as dificuldades e as questões que permeiam a vida acadêmica, o nosso cotidiano. Nesse momento o professor se torna aluno também e senta aqui, na assembleia, pra debater e aprender”, afirmou o professor Dorival Gonçalves.
Foto: Divulgação