
DA REDAÇÃO
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Os R$ 313 milhões, que saíram dos cofres do Estado para pagamento de forma ilegal de precatórios para empresas investigadas pela Ararath, são apontados pela PF como o fator mais importante deste décima fase da Operação.
Segundo o delegado Marco Faveri, a principal investigada é uma empreiteira que recebeu precatório de mais de R$ 200 milhões do Estado relativo a obras realizadas na década de 90 e pago em 2009.
As informações foram detalhadas durante entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (4), na sede da PF, em Cuiabá.
Na Ararath desta sexta, agentes da PF apreenderam diversos veículos de luxo entre eles estão: porsche, lamborghini, audi e um mustang.
O valor total de dinheiro apreendido ainda não foi divulgado, já que os policiais estão contabilizando os valores.
As investigações desta fase visam apurar a realização de pagamentos por parte do Governo do Estado em desacordo com as determinações legais a empreiteiras e o posterior desvio desses recursos em favor de agentes públicos e empresários mediante a utilização de instituição financeira clandestina.
A análise de documentos apreendidos em fases anteriores em conjunto com outros elementos de prova, apontaram a utilização de complexas medidas de engenharia financeira praticadas pelos investigados com o objetivo de ocultar a real destinação dada a valores de precatórios pagos pelo Estado de Mato Grosso em nítida violação à ordem cronológica e determinações legais.
Os investigados nesta fase responderão pela prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro, dentre outros que porventura venham a se confirmar.
Apenas o ex-secretário de Estado, Eder Moraes, foi preso preventivamente.
Moraes teria violado em dois meses, 92 vezes a monitoração eletrônica (tornozeleiras).
Eder passou pela sede da PF, encaminhado para fazer exames no Instituto Médico Legal e já se encontra no Centro de Custódia de Cuiabá. (COM GAZETA DIGITAL)