
DA REDAÇÃO
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O empresário Rowles Magalhães foi dispensado pela CPI das Obras da Copa do Mundo na manhã desta terça-feira (16).
A decisão ocorreu após o desembargador Dirceu dos Santos deferir um habeas corpus desobrigando o lobista de firmar o compromisso em dizer a verdade ou até mesmo permanecer calado.
De acordo com o presidente da comissão, deputado Oscar Bezerra (PSB), não faria muito sentido ouvir o empresário, uma vez que ele deixou de comparecer a duas convocações e não teria intenção de colaborar com os trabalhos investigativos.
“Não tem porque ouvi-lo. Para ele vir aqui dar showzinho, inclusive mentindo. Qual a função de ouvir uma pessoa que está autorizada a mentir”, questionou o parlamentar.
Bezerra afirmou que a CPI ainda não desistirá de colher o depoimento de Magalhães. Para isso, irá ingressar com recurso para cassar o habeas corpus no Tribunal de Justiça.
O socialista disse que a Procuradoria da Assembleia fará a defesa da CPI por entende que, como testemunhas, ele deve ser obrigado a falar a verdade.
“Nós temos o entendimento de que o Rowles Magalhães não é réu, é testemunha. Esse benefício de ficar calado ou vir aqui e mentir é para quem é réu. Nos causa estranheza que ele, como testemunha, queira ficar calado ou não falar a verdade”, assinala Oscar.
O empresário compareceu a Assembleia Legislativa acompanhado do advogado Ricardo Monteiro.
A defesa do empresário explicou que Rowles não ficaria em silêncio durante os questionamentos.
“Será respondido e esclarecido aquilo que não lhe prejudique”, avisou o advogado Ricardo Monteiro.
A CPI das Obras da Copa ouviu outras três testemunhas na sessão desta terça-feira. O presidente da comissão afirmou que a investigação seguirá até 30 de maio.
“Temos este compromisso e entregaremos o relatório conclusivo ainda no primeiro semestre”. Com FolhaMax