
DIÁRIO DE CUIABÁ
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A Comissão especial que analisará o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) foi instalada ontem (25), em Brasília, e confirmou a participação de dois senadores de Mato Grosso na composição, José Medeiros (PSD) e Wellington Fagundes (PR).
Os partidos PT e PSDB terão 3 senadores na comissão especial e PP e PSB, 2, respectivamente. Os partidos DEM, PR, PCdoB, PDT, PSD e PTB terão um representa cada e o PMDB, 5.
A primeira reunião da comissão será realizada hoje (26), às 10h, horário de Brasília.
O senador José Medeiros (PSD) foi indicado pelo líder do partido no Senado, Omar Azis.
Os blocos partidários elegeram 21 membros titulares da comissão e suplentes, de igual número – todos os nomes foram indicados até a última sexta-feira (22).
O senador José Medeiros acredita que o processo de impeachment não seria a solução, mas que continuar do jeito que está não traria solução nenhuma para o país.
“A saída do PT não trará as soluções de que o Brasil precisa. Contudo, não haverá solução alguma com o PT no poder”, comentou Medeiros.
O senador Blairo Maggi (PR), ex-aliado de Dilma Rousseff, poderá substituir algum membro do partido republicano na Comissão Especial.
O senador Wellington Fagundes, primeiro-vice-líder moderador,que também fará parte da comissão, comentou na última semana que o governo atual tem dificuldades para governabilidade.
“O governo não tem resistência, não tem capacidade suficiente para governabilidade”, ressaltou.
O pedido de abertura do processo de impeachment foi aprovado pelo plenário da Câmara no dia 17 de abril, quando a maioria dos deputados federais votou a favor, registrando 367 votos “sim”. Os votos contrários somaram 137. Sete deputados se abstiveram e dois não compareceram à Câmara.
Para aprovar o impeachment, 41, dos 81 senadores, precisam votar a favor. Depois da votação, o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, assume a presidência do julgamento. Isso até a votação final do processo.
O Brasil viveu um momento parecido em 1992, quando o então presidente, Fernando Collor de Mello sofreu o primeiro processo impeachment da história do país.