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O colunista Lauro Jardim, do O Globo, voltou a reforçar a tese de que o ex-secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf, fez delação premiada e entregou o suposto operador de caixa 2 da campanha de 2014 para Governo do Estado.
Segundo Jardim, o empresário Alan Malouf, réu da Operação Sodoma, como doador de R$ 2,5 milhões para campanha do atual governador, Pedro Taques (PSDB).
De acordo com a delação de Nadaf, o dinheiro seria caixa 2 usado na campanha vitoriosa do então pedetista, hoje, Taques é do PSDB.
Esta é a segunda vez que a coluna de Lauro Jardim publica a delação de Nadaf envolvendo Pedro Taques. Leia mais aqui.
Sobre a primeira publicação, o Palácio Paiaguás publicou nota sobre o assunto. Leia mais aqui.
Malouf foi denunciado pelo Ministério Público do Estado por suposto envolvimento junto à uma organização criminosa supostamente liderada pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) no desvio de dinheiro público realizado através da desapropriação de um imóvel que corresponde ao bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá, paga na gestão do peemedebista, durante o ano de 2014.
Segundo a denúncia do MPE, a organização criminosa solicitou e recebeu vantagem indevida no valor de R$ 15.857.125,50, para que a indenização de área desapropriada fosse paga e, ainda, com o propósito de ocultar a origem desta vultosa quantia, promoveu sua respectiva LAVAGEM, FALSIDADE IDEOLÓGICA e, por fim COAÇÃO no CURSO do PROCESSO.
Ainda segundo o Ministério Público do Estado, também foi constatada a prática de LAVAGEM DE DINHEIRO por parte de alguns dos membros da ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA, a saber: MARCEL DE CURSI, ARNALDO ALVES e PEDRO NADAF, quando, agindo em interesse próprio, buscando ocultar a origem do ganho financeiro, se associaram com o empresário Alan Malouf.
Segundo apurou as investigações, Alan Malouf adotou como medida para o distanciamento dos valores ilícitos que recebeu da organização criminosa e, separadamente, de membros, o repasse aos fornecedores do buffet que administra em Cuiabá.
Alan Malou foi denunciado pela promotora de Justiça, Ana Cristina Bardusco, pelos crimes de receptação qualificada e lavagem de dinheiro.
OUTRO LADO
Acerca da notícia intitulada “Delator no Mato Grosso entrega suposto operador de Pedro Taques”, publicada nesta terça-feira (22), na coluna do jornalista Lauro Jardim, do O Globo, esclarecemos que a informação é equivocada.
Em nenhum momento o empresário Alan Malouf foi “operador financeiro” na campanha de Pedro Taques, muito menos assumiu alguma função no grupo político. Malouf atuou, juntamente com outros empresários, como colaborador.
Rechaçamos, ainda, a ligação feita entre o empresário e o PMDB, como insinua a notícia, uma vez que Alan Malouf nunca teve ligações partidárias ou vínculo político.