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Chegou no final da tarde desta quarta-feira (15) a Cuiabá, o ex-secretário-adjunto da Secretaria de Infraestrutura (Sinfra), Valdisio Juliano Viriato.
Ele foi preso na quinta fase da Operação Sodoma, deflagrada na terça-feira (14) pela Delegacia Fazendária (Defaz).
Assim que pisou em solo cuiabano, o ex-gestor foi encaminhado para fazer exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e seguiu para um presídio.
O ex-secretário foi preso no mesmo dia da Operação Sodoma em Santa Catarina dentro de casa.
Valdisio deve ser interrogado nesta quinta-feira (16) pelos delegados que compõem a Operação Sodoma, na sede da Defaz, em Cuiabá.
Valdisio ocupou o cargo de Secretário-adjunto Executivo da Secretaria Executiva do Núcleo de Trânsito, Transporte e Cidades pertencentes à Secretaria de Estado da Secretaria de Transportes e Pavimentação Urbana entre 1º de janeiro de 2011 a 28 de fevereiro de 2014. Além disso, foi secretário-adjunto de Gestão Sistêmica da mesma Pasta no período de 1º de março a 31 de dezembro de 2014.
https://youtu.be/C2N9yTFWnoI
OPERAÇÃO SODOMA V
A quinta fase da Sodoma investiga fraudes à licitação, desvio de dinheiro público e pagamento de propinas, realizados pelos representantes da empresa Marmeleiro Auto Posto LTDA e Saga Comércio Serviço Tecnológico e Informática LTDA, em benefício da organização criminosa comandada pelo ex-governador, Silval da Cunha Barbosa, de acordo com as investigações da Delegacia Fazendária (Defaz).
A investigação cumpri cinco mandados de prisão preventiva, nove de condução coercitiva e nove de busca e apreensão domiciliar, nos estados de Mato Grosso, Santa Catariana e Distrito Federal.
Os mandados de prisão foram cumpridos contra os investigados: Valdisio Juliano Viriato, Francisco Anis Faiad, Silval da Cunha Barbosa, Sílvio Cesar Corrêa Araújo, Jose Jesus Nunes Cordeiro.
Entre os conduzidos coercitiva para interrogatórios estão: Wilson Luiz Soares, Mario Balbino Lemes Junior, Rafael Yamada Torres, Marcel Souza de Cursi e o ex-vereador Lúdio Cabral (PT).
Os suspeitos são investigados em fraudes à licitação, corrupção, peculato e organização criminosa em contratos celebrados entre as empresas Marmeleiro Auto Posto LTDA e Saga Comércio Serviço Tecnológico e Informática LTDA, nos anos de 2011 a 2014, com o Governo do Estado de Mato Grosso.
Segundo a Polícia Civil apurou, as empresas foram utilizadas pela organização criminosa, investigada na operação Sodoma, para desvios de recursos públicos e recebimento de vantagens indevidas, utilizando-se de duas importantes secretarias, a antiga Secretaria de Administração (Sad) e a Secretaria de Transporte e Pavimentação Urbana (Septu), antiga Secretaria de Infraestrutura (Sinfra).
As duas empresas, juntas, receberam aproximadamente R$ 300 milhões, entre os anos 2011 a 2014, do Estado de Mato Grosso, em licitações fraudadas.
Com o dinheiro desviado efetuaram pagamento de propinas em benefício da organização criminosa no montante estimado em mais de R$ 7 milhões.