
DA REDAÇÃO
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O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Sebastião Reis, pode ser alvo de uma investigação da própria corte, a pedido do presidente Francisco Falcão, aonde o magistrado é acusado de estar envolvido em um suposto esquema de venda de decisões judiciais.
Reis já é alvo de investigação sobre o mesmo assunto no Supremo Tribunal Federal (STF), de acordo com informações publicadas pelo jornal O Globo, do último sábado (18).
Sebastião Reis se tornou conhecido para Mato Grosso porque é o ministro que votou a favor da defesa do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) em anular toda a Operação Sodoma e seus efeitos.
Reis alega que a juíza da 7ª Vara Criminal, Selma Rosane Arruda, extrapolou sua função ao interrogar colaboradores sobre os fatos investigados pelo Ministério Público Estadual (MPE) durante a realização da Operação Sodoma.
Ainda segundo a reportagem do jornal O Globo, as investigações contra o ministro Sebastião Reis tiveram início há quase um ano e estão sendo conduzidas pela subprocuradora-geral da República Cláudia Sampaio.
As investigações sobre venda de decisões judiciais se estendem ainda a um segundo ministro do STJ, a uma desembargadora e a uma terceira pessoa ligada a Reis.
A apuração teve início a partir da análise de conversas gravadas numa das operações da Polícia Federal.
Num dos diálogos, um dos interlocutores faria referência a Sebastião Reis. Com base nestas e em outras informações, investigadores entenderam tratar-se de suposto caso de venda de decisões judiciais. Uma delas estaria vinculada a um dono de mina de diamante.
A primeira fase da Operação Sodoma realizada em setembro de 2015 levou para a cadeia o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e vários assessores da sua gestão.
No STJ, o julgamento sobre a possibilidade de anulação a Operação Sodoma ainda não foi concluído porque um dos ministro pediu vista. Com informações de O Globo.