
DA REDAÇÃO
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O ex-deputado estadual José Riva voltou a confessar ter integrado o esquema investigado na Operação Arca de Noé, que teria desviado milhões de reais na Assembleia Legislativa.
Desta vez, Riva deu detalhes sobre o desvio de pelo menos R$ 3,7 milhões, dinheiro que teria sido “lavado” por meio de empréstimos consignados que os servidores obtinham no Banco Real, em 2001.
O depoimento foi realizado na tarde desta sexta-feira (24) na Vara de Combate ao Crime Organizado, no Fórum de Cuiabá.
Em seu depoimento, José Riva disse que o esquema tinha o objetivo de pagar agiotas e dívidas de campanha dele e do também ex-deputado Humberto Bosaipo, na época em que ambos ocupavam a mesa diretora do Legislativo estadual.
“Em relação ao Banco Real quero ratificar que tinha o objetivo de pagar agiota. Outra parte do dinheiro foi usada para beneficio pessoal, de campanha. Aqueles pagamentos efetivados com certeza caracterizam ilegalidade”, confessou.
Em seguida afirmou: “Quero distribuir a carga para quem realmente tiver que carregar. Que cada um carregue a sua carga. Muitas coisas eu não tenho domínio total, mas o que eu sei eu vou falar”.
O esquema, segundo a denúncia, operava por meio de funcionários “fantasmas” na Assembleia, que eram utilizados para a contratação ilícita de empréstimos no Banco Real, na modalidade CDC (crédito direto ao consumidor).
O pagamento do empréstimo ocorria mediante amortização na folha de pagamento dos supostos vencimentos. Com informações do Diário de Cuiabá