Secretária diz que riscos de barragens em MT são menores que em MG

A situação das barragens do estado é diferente das construídas em Brumadinho e Mariana, em Minas Gerais, o que, segundo a secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema), Mauren Lazzaretti, reduz os riscos. Ela afirmou, em entrevista ao Bom Dia MT, nesta quarta-feira (30), que no estado não tem registro de potencial parecido com as tragédias ocorridas em Minas Gerais.

“As características são diferentes, o número de barragens é absolutamente menor que os de Minas Gerais e também o potencial de causar dano no estado de Mato Grosso, é totalmente distinto, tanto pelas naturezas geológicas, quanto também pelos empreendimentos em si que não têm nenhuma similaridade com os de Minas Gerais”, disse.

Ela explicou que os rejeitos das barragens de minério são muito diferentes dos encontrados em Brumadinho, pela quantidade de ferro muito grande e volume alto.

“Em Mato Grosso, nossos minérios potencialmente são apenas ouro e um deles registrado como zinco, então essa diferença contribui para que a gente diminua potencialmente os riscos em Mato Grosso”, explicou.

Além disso, em Minas Gerais, as barragens são construídas em vales. E, em Mato Grosso, as construções são feitas em áreas planas e, se houver vazamento, a velocidade e o alcance serão menores.

“A maioria dos nossos barramentos minerários tem uma concentração de areia e água e a água pode ser reaproveitada em circuito fechado dentro dos empreendimentos minerários pela característica deles”, explicou.

Conforme a secretária, a Agência Nacional de Mineração, junto com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente tem atuado no registro e fiscalização dessas barragens.

Mauren afirmou que o governo do estado vai firmar um termo de cooperação com o objetivo de potencializar a fiscalização e cada órgão dentro da sua atribuições vai tomar as medidas necessárias para evitar o acidente e, se houver alguma eventualidade, tomar as medidas necessárias para que tenha o menor dano possível.

Sobre o vazamento no Rio Bento Gomes, em Poconé, a secretária disse que foi difícil para a Secretaria do Meio Ambiente identificar a fonte da alteração da cor da água. “Tivemos que fazer uma fiscalização aérea, fluvial e terrestre para encontrar os pontos de lançamento que fizeram a alteração da cor da água”, contou.

Ela disse ter identificado um tanque de piscicultura com um canal aberto para o escoamento de água. O dono foi autuado e o vazamento estancado.

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