Advogada era “braço jurídico” do Comando Vermelho, aponta GCCO

As investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) apontam que a advogada Jackeline Moreira Martins Pacheco, presa na manhã desta terça-feira (26), era o “braço jurídico” da facção criminosa Comando Vermelho (CVMT). A informação consta na decisão de prisão preventiva de Jackeline, em que o HiperNotícias teve acesso.

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No despacho assinado pela juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal, consta que a advogada patrocinava a defesa dos também detidos Paulo Witter Farias Paelo, Diego Alexandre Cocarelli, que estão cumprindo pena na Penitenciária Central do Estado (PCE), e Eudes Rodrigo da Silva, que está recluso no presídio de Água Boa (730 km de Cuiabá).

Os detidos teriam apresentado, em juízo, certificados falsos, que, juntos, alcançam 10 mil horas de estudo. O objetivo, segundo a magistrada, era o de requerer os benefícios referentes ao regime de cumprimento de pena.

Conforme a investigação da GCCO, Jackeline era o “braço jurídico” da facção, pois ela tinha a função de preparar a documentação falsa para que fosse utilizada nos pedidos de remição de pena.

“Prosseguindo com a linha de investigação, a Autoridade Policial dispõe que os 03 (três) recuperandos são representados pela advogada JACKELINE MOREIRA MARTINS PACHECO nos executivos de Pena, de modo que teria se concluído que a causídica integraria o braço jurídico da Organização Criminosa, exercendo função específica de preparar a documentação falsa, em tese utilizada pelos recuperandos nos pedidos de remição de pena apresentada em juízo”, diz trecho da decisão.

Jackeline foi presa na manhã desta terça-feira (26), em um condomínio localizado no bairro Despraiado, em Cuiabá. Além da prisão, os policiais cumpriram mandado de busca e apreensão no escritório de advocacia da advogada, localizado na Avenida 13 de Junho, também na Capital.

Além dela, Paulo, Diego e Eudes também foram alvos de mandados de prisão. As ordens foram cumpridas nas penitenciárias, nas quais eles estão detidos.

De acordo com o GCCO, as investigações foram iniciadas no ano de 2018, quando a gerência era comandada pelo delegado Diogo Santana.

Após a prisão, Jackeline deverá ser encaminhada à audiência de custódia no Fórum de Cuiabá, onde será decidido se ela será encaminhada à penitenciária Ana Maria do Couto May ou se responderá em liberdade.

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