Metade das escolas não aderem à paralisação

Conforme dados divulgados pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc), 47% das unidades escolares não aderiram à greve iniciada pelos profissionais da Educação Pública nesta segunda-feira (27). As escolas que paralisaram as atividades correspondem a 42% do total. O Governo afirmou, que conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), irá cortar ponto dos grevistas.

Conforme o levantamento, entre as 767 escolas estaduais, 360 não aderiram ao movimento e  322 entraram em greve. Outras 61 unidades de ensino estão em assembleia e não definiram se irão paralisar.  15 escolas paralisaram parcialmente e seis unidades de ensino não responderam à Seduc.

A greve dos profissionais da Educação foi aprovada durante a assembleia geral realizada na segunda-feira (20).

Os professores e profissionais da categoria reivindicam o pagamento da RGA (Revisão Geral Anual) dos anos de 2018 e 2019, exigem o pagamento da “Lei da Dobra do Poder de Compra”, de 7,69% de reajuste salarial aprovado em 2013, entre outras demandas.

O Governo alega que não tem condições de conceder o reajuste salarial. O Executivo argumenta que não há recursos para para o RGA e nem para o aumento de 7,69% devido a crise econômica do Estado. E também justifica que está no limite da Lei da Responsabilidade Fiscal (LRF) no gasto com salários.

Uma notificação do Ministério Público Estadual, também proíbe a concessão do reajuste a todas as categorias. E em caso de descumprimento, o governador Mauro Mendes (DEM) poderá responder por crime de responsabilidade.

Salário dos professores em MT

Um levantamento realizado pela revista especializada em educação, Nova Escola, mostra que o salário pago pelo Estado aos professores de Mato Grosso é o terceiro melhor do país, sendo R$ 4.350 para jornada de 30h semanais.

Na frente de Mato Grosso estão apenas Maranhão (R$ 5.751) e Mato Grosso do Sul (R$ 5.553), que possuem regime de 40h semanais. Vale lembrar, que o piso nacional estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC), para este ano é de R$ 2.557.74.

Para este ano, a estimativa é que o Estado gaste R$ 2.428.017.914,70 com remuneração para os profissionais da Educação. Ou seja, 93% do orçamento da Seduc será destinado a custear a folha salarial, e o impacto poderá ser ainda maior caso sejam concedidos os reajustes requeridos pelo Sindicato dos trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep).

 

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