Operação Mantus pode investigar políticos e servidores

Operação Mantus deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (29) prendeu João Arcanjo Ribeiro, o genro dele, Giovanni Zem Rodrigues e o principal rival dos dois, o empresário Frederico Müller Coutinho, que seriam rivais no jogo do bicho e a investigação pode chegar a ”agentes do Estado”.

A investigação detectou duas organizações criminosas que comandam o jogo do bicho no Estado de Mato Grosso, e conforme o delegado Luiz Henrique Damasceno, da Delegacia Especializada de Fazenda e Crimes Contra a Administração Pública (Defaz), o depoimento dos alvos e análise do material apreendido pode apontar envolvimento de políticos e/ou servidores, que classificou como agentes de Estado.

“Tem muito documento para analisar. Sabemos que pode ter participação de agentes do Estado. Ainda não foi detectado, mas é uma possibilidade. Vamos analisar com calma e juntamente com o GCCO definir quais serão as futuras diligências. Vamos fazer o interrogatório dos presos, ouvir um por um dentro de 10 dias”, afirmou Damasceno.

A Operação Mantus foi deflagrada nesta ultima quarta-feira (29) de maio. Mais tem dois anos de investigação, que resultaram em 63 mandados judiciais, sendo 33 de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão domiciliar, expedidos pelo juiz da 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu.

Uma das organizações seria liderada por João Arcanjo Ribeiro e seu genro Giovanni Zem Rodrigues, já a outra seria por Frederico Müller Coutinho, as investigações detectaram essas duas organizações criminosas que comandam o jogo do bicho no Estado de Mato Grosso, e que movimentaram em um ano, mais de R$ 20 milhões.

João Arcanjo Ribeiro, conhecido como “comendador”, é acusado de liderar o crime organizado em Mato Grosso, nas décadas de 80 e 90, sendo o maior “bicheiro” do Estado, além de estar envolvido com a sonegação de milhares de Reais em impostos, entre outros crimes.

O empresário Frederico Müller Coutinho é um dos delatores da Operação Sodoma, que investigou fraudes que resultaram na prisão do ex-governador Silval Barbosa. Durante as investigações, foi identificada uma acirrada disputa de espaço pelas organizações, havendo situações de extorsão mediante sequestro praticada com o objetivo de manter o controle da jogatina em algumas cidades.

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