Profissionais mantêm greve e cobram negociação

Em assembleia geral na tarde desta segunda-feira (24), os profissionais da Educação de Mato Grosso votaram por manter, por tempo indeterminado, a greve.

A assembleia aprovou ainda uma agenda de mobilizações que começou ontem (24), e prossegue até a próxima semana, dia 01 de julho, quando está marcada nova assembleia geral, para reavaliar o movimento ou proposta que venha a ser apresentada.

Com quase 30 dias de greve, os servidores cobram o cumprimento da lei da dobra do poder de compra, e que dá direito a 7,69% a mais anualmente na remuneração durante 10 anos, e a Revisão Geral Anual (RGA).

Além disso, o movimento grevista ainda exige o retorno dos salários que foram descontados durante a paralisação, mais concursos públicos para a Educação e melhoria na infraestrutura das escolas.

“Sem salário não haverá reposição de aulas”, afirmaram os grevista.

Em coletiva, nesta segunda (24), o governador Mauro Mendes afirmou que não irá apresentar uma proposta de pagamento das exigências dos profissionais.

Ele disse estar aberto ao diálogo, porém que o Estado enfrenta uma dura realidade financeira. Mendes teme prometer o reajuste e não conseguir cumprir.

“Nós estamos, em qualquer diálogo que formos convidados, dispostos a conversar. Mas entendemos que poderemos fazer qualquer tipo de alteração na nossa conduta quando o Estado recuperar o limite de 49% em gasto com pessoal”.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Valdeir Pereira, negou enfraquecimento do movimento e disse que os servidores que estão retornando às atividades continuam insatisfeitos com o Governo.

“Muitos desistiram equivocadamente, porque entenderam que a pressão do Governo estava muito grande. As pessoas que retomaram as suas atividades não estão a favor do Governo. É porque tem um descontentamento com as ações do Governo em si. O Governo deveria estar preocupado em ler a constituição de Mato Grosso, que estabelece o artigo 245 [que destina 35% dos impostos recolhidos para a Educação], ao invés de ficar perdendo tempo contando quem é que está voltando [da greve]”, afirmou.

Conheça o calendário de atividades de mobilização

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