Entendendo a cena pós-créditos

[Cuidado! Spoilers da terceira temporada de Stranger Things abaixo]

Toda série corre o risco de ficar repetitiva, e o mesmo é válido para Stranger Things: enquanto ainda há muito para explorar na vida pessoal dos protagonistas, as ameaças – sejam do Mundo Invertido ou outros humanos – parecem mais e mais limitadas, ao ponto do terceiro ano apenas requentar o vilão do segundo e introduzir alguns russos na confusão. Após um final conclusivo que mostra o grupo se separando, com Eleven (Millie Bobby Brown) de mudança junto com os Byer, resta especular: pra onde o seriado pode ir daqui para frente?

Antes de tudo, é bom pontuar que os criadores nunca planejaram algo muito além dodo quarto ano: “Se pudermos, teremos ao menos quatro temporadas, pode ter mais. Acho que vai chegar a um ponto em que [nos perguntaremos] ‘Por que essas pessoas não estão saindo de Hawkins?’ Tipo, teríamos que esticar nossa credibilidade. Não é para ser uma coisa de sete temporadas“, falou Ross Duffer em 2017. No mesmo ano, o diretor e produtor-executivo Shawn Levy reforçou a fala: “Ouvimos corações partindo na sede da Netflix quando os irmãos Duffer fizeram parecer que quatro temporadas seriam o final oficial, e eu de repente me vi ligando para os agentes dos nossos atores. A verdade é que definitivamente faremos quatro temporadas e há grandes chances de uma quinta. Além disso, acho que é pouco provável.

Portanto, é bom entender o que ainda resta ser explorado:

O ARCO SOVIÉTICO

Além de confirmar que Hopper (David Harbour) ainda está vivo, a cena pós-créditos da terceira temporada estabelece que a trama dos Russos só deve ganhar mais espaço no futuro, mostrando uma espécie de gulag na Rússia com um Demogorgon vivo. Ainda que o arco tenha bastante espaço no ano três, as verdadeiras motivações do Exército Vermelho não foram reveladas, então é bem possível que isso seja um ponto-chave a ser explorado.

A FAMÍLIA DE ELEVEN

Um dos mais polêmicos momentos da segunda temporada é quando Eleven ganha um episódio-solo, que mostra a garota viajando para Chicago onde encontra Kali (Linnea Berthelsen), a Número Oito. A mais velha então ajuda a protagonista a controlar melhor seus poderes, ao mesmo tempo que revela que há mais jovens poderosos que nem ela. Ainda que o ano dois tenha dado bastante importância ao arco, ele nunca foi citado novamente – nem mesmo na terceira temporada.

Essa talvez seja a maior ponta solta até o momento, e uma que com certeza deve retornar no futuro, ainda mais agora que Eleven deixou a cidade de Hawkins.

O RESSURGIMENTO DO LABORATÓRIO

Não dá para mencionar os outros experimentos sem citar o Laboratório Nacional de Hawkins, muito importante na temporada de estreia. A origem das experiências, junto com quem está por trás delas, nunca foi discutida a fundo, e o fim do laboratório também não foi muito conclusivo.

A terceira temporada sinaliza que isso voltará a ser importante em duas ocasiões: no início das investigações de Hopper e Joyce, que acreditam no possível retorno das operações; e também no episódio “The Battle of Starcourt” que, em certo momento, traz de volta Sam Owens (Paul Reiser) – doutor que assume o controle do laboratório após a morte de Martin Brenner (Matthew Modine) – aliado com os militares.

Considerando que tanto o Laboratório quanto os Russos estão envolvidos com os mistérios do Mundo Invertido, essa relação – talvez até cooperação em segredo? – deve ser explorada daqui para frente.

Vale ressaltar, é claro, que a Netflix ainda não oficializou a quarta temporada de Stranger Things. Seja como for, as três anteriores já estão disponíveis no catálogo do streaming.

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