O clima na audiência da 11ª Vara da Justiça Militar, em Cuiabá, nesta terça-feira (16), foi bastante quente entre defesa dos coronéis Zaqueu Barbosa e Evandro Lesco e do cabo Gérson Corrêa com o Ministério Público do Estado.
Os três são réus em decorrência das investigações da Grampolândia Pantaneira e pediram para serem reinterrogados pelo juiz Marcos Faleiros porque alegaram que não conseguiram fazer delação premiada junto ao MPE.
Antes mesmo de começar os depoimentos, a defesa dos militares e o promotor Vinícius Ghayva trocaram farpas.
No entendimento do promotor, os réus deveriam trazer fatos novos sobre as denúncias que pesavam contra eles e não outros fatos aleatórios à ação.
A defesa reagiu e disse que os três estavam ali para revelar tudo que sabiam sobre as escutas ilegais com a possibilidade de que isso pode, em algum momento, beneficiar ou atenuar possíveis condenações.
Durante os questionamentos feitos pelo promotor Vinícius Ghayva ao coronel Zaqueu, o ex-comandante da PM foi orientado por uma advogada.
O membro do MPE fez um comentário sobre a atitude da advogada e isso acabou acirrando novamente os ânimos entre defesa e Ministério Público. O advogado de Zaqueu, Diogo Botelho, ao fim da oitiva do seu cliente disse que esse tipo de situação é normal em audiência.