O ex-deputado estadual Zeca Viana (ainda no PDT) disse que vai não comentar a repercussão provocada pelos depoimentos dos coronéis da PM Zaqueu Barbosa e Evandro Lesco, além do cabo Gérson Corrêa, de que o então candidato ao governo do Estado, em 2014, senador da República Pedro Taques (na época no PDT), tem envolvimento com escutas ilegais durante o período eleitoral onde acabou sendo eleito chefe do executivo estadual. O caso ficou conhecido como Grampolândia Pantaneira. O ex-governador reiteradas vezes tem dito que é inocente e que não há provas de sua participação.

À época da campanha eleitoral, Pedro Taques e Zeca Viana eram mais do que correlegionários do PDT, eram amigos.

A relação de Taques e Viana, porém, não foi a mesma a partir de janeiro de 2015. A estremecida entre os dois se deu por causa da eleição da mesa diretora da Assembleia Legislativa.

A partir daí, Zeca e Pedro não foram mais amigos. O então deputado chegou a ser proibido de pisar no Palácio Paiaguás. Em uma fala na tribuna da Assembleia Legislativa, Viana chegou a criticar duramente Taques.

SEM COMENTÁRIOS

Agora, Viana comentou que não quer se envolver e, para ele, cabe à Justiça julgar os fatos e punir os envolvidos nas escutas ilegais.

Mas em uma reportagem divulgada pela assessoria de imprensa do então deputado Zeca Viana, em maio de 2015, o parlamentar disse que Pedro Taques (PSDB) não combateu a corrupção na gestão dele.

O deputado chegou a afirmar, à época, que o governante poderia ser “afastado pela Justiça” devido justamente escândalos de corrupção. Viana citou o caso dos grampos como irregularidades na gestão Taques, “o maior escândalo de Mato Grosso e do Brasil”.

MUDANDO DE PARTIDO

Em entrevista dada ao site Hipernotícias, Zeca Viana disse que não preside mais o PDT. Ele argumentou que está saindo do partido por causa de uma decisão nacional. Ele deve se filiar ao Podemos.

“Tomei  a decisão de me desfiliar do PDT e vou fazer isso amanhã [hoje]. É que a nossa nacional  está expulsando oito deputados federais que votaram a favor da reforma da Previdência e eu acho isso um absurdo, não tem como eu ficar num partido desse”.