WF aponta morosidade na resolução da Grampolândia Pantaneira

Senador Wellington Fagundes (PR) classificou que o caso envolvendo interceptações telefônicas ilegais no Estado, a “Grampolândia Pantaneira”, esteja sendo tratado com morosidade.

De acordo com parlamentar, os novos fatos apresentados pelos militares são graves já que colocam em dúvida a credibilidade dos poderes.

“É extramente grave porque vai envolvendo mais pessoas e principalmente os poderes, isso atinge diretamente a credibilidade dos poderes. Agora, tudo tem que ser muito bem apurado. Aliás, tudo isso teria que ser feito o ano passado porque essa denúncia não é de agora. Demorou-se demais”, afirmou.

As declarações ocorrem após o reintegratório dos coronéis Zaqueu Barbosa, Evando Lesco e cabo Gerson Corrêa na 11ª Vara de Justiça Militar.

Na ocasião, os réus acusaram promotores do Ministério Público de praticarem “barriga de aluguel” para se obter a quebra do sigilo telefônico de alvos de operações ilegalmente e também o alto escalão do governo Pedro Taques (PSDB), já que no depoimento dos militares, eles confessaram que fizeram escutas ilegais na campanha de 2014 a Governo do Estado.

Um dos alvos foi a deputada Janaina Riva (MDB) que não era investigada, mas que teve ligações interceptadas para se obter informações sobre o pai, ex-deputado José Riva.

Nesta terça-feira (23), o procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, José Antônio Borges, se reuniu com deputados estaduais da Assembleia Legislativa para prestar esclarecimentos sobre as acusações. Em entrevista a imprensa, ele afirmou que determinou duas investigações, uma criminal e outra cível, contra membros do MPE citados pelos réus.

Grampos ilegais
As investigações que culminaram na prisão de ex-secretários e oficiais de alta patente da Polícia Militar de Mato Grosso apontam para um esquema de escutas ilegais que foi capaz de interceptar mais de 800 conversas de políticos, advogados e jornalistas.

Os telefones foram inteceptados com autorização judicial através de uma técnica denominada barriga de aluguel, quando números de pessoas não investigadas foram incluídos nos pedidos de interceptação encaminhados aos magistrados. As ações contra os acusados foram para a Justiça Militar, para a Justiça Federal e para o Tribunal de Justiça de Mato Grosso, onde o relator é o desembargador Orlando Perri.

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