Presidente da OAB/MT diz que não quer influenciar criação de CPI na AL; vídeo

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil/MT (OAB/MT), Leonardo Campos, disse, em entrevista ao Mato Grosso Mais, que ainda não foi notificado pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso para prestar informações sobre o caso envolvendo escutas telefônicas ilegais no Estado denominada Grampolândia Pantaneira.

A OAB foi responsável, assim que o caso veio à tona, em maio de 2017, por fazer a denúncia-crime junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

“Chegando, com certeza, nós vamos analisar e por óbvio é um princípio da OAB daquilo que for para contribuir com as investigações, como eu disse, as autoridades precisam dar um resultado para a sociedade, a Ordem em nome dessa própria sociedade, como representante dessa própria sociedade, nós prestaremos todos os esclarecimentos necessários, obviamente, que aquilo que não tiver em sigilo”.

O presidente da OAB/MT preferiu não emitir opinião se seria a favor da criação de uma CPI. Há uma grande expectativa em torno de suas explicações aos deputados, que a partir daí, podem ou não criar a Comissão Parlamentar de Inquérito.

“Eu prefiro não comentar a atuação de um outro Poder porque como eu disse é um Poder de Estado é um Poder que tem suas atribuições suas competências e suas importâncias, eu prefiro dizer que tudo aquilo que venha para contribuir com as investigações são bem-vindos. Eu já vi vários daqueles que tiveram revelados os nomes que foram vítimas das escutas telefônicas ilegais se habilitando efetuando outras notícias crimes, isso é óbvio que vêm cada vez mais trazer ainda a indignação das pessoas para dentro do processo clamando por uma resposta rápida”.

Ao Mato Grosso Mais, Leonardo Campos comentou a ida do procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges, à Assembleia Legislativa para dar esclarecimentos do trabalho que o Ministério Público do Estado está fazendo em relação ao depoimento prestado pelos coronéis Zaqueu Barbosa, Evando Lesco e cabo Gerson Corrêa na 11ª Vara de Justiça Militar.

Na ocasião, os réus acusaram promotores do Ministério Público de praticarem “barriga de aluguel” para se obter a quebra do sigilo telefônico de alvos de operações ilegalmente e também o alto escalão do governo Pedro Taques (PSDB), já que no depoimento dos militares, eles confessaram que fizeram escutas ilegais na campanha de 2014 a Governo do Estado.

José Antônio Borges abriu nove procedimentos investigatórios em que membros do MPE são citados pelos militares.

“É o caminho que nós esperamos. Que realmente sejam feitas investigações profundas. Que tudo seja esclarecido, que deem as devidas respostas que a sociedade mato-grossense tanto almeja, já faz tempo, ou seja, nomes agora começam a ser revelados, principalmente, após o reinterrogatório dos policiais militares eles começam a dar um caminho é definitivo da estrutura que operou dentro da organização criminosa e agora o que nós queremos é que vem a fundo, que essas investigações aprofundem deem a celeridade que estavam antes de serem avocadas para o STJ, para que nós possamos, efetivamente, descobrir quem é o grande, os chefes principais da organização criminosa, quais os motivos o porquê como era o modus operandi, e acima de tudo, quem foram, quem tiveram os seus sigilos violados, para que esse cidadãos possam exercer o seu direito de exigir a devida reparação diante desse grave crime lesa-pátria lesa a sociedade que ocorreu em Mato Grosso”.

Leonardo Campos explicou que as investigações internas do Ministério Público a OAB/MT não vai participar, somente aquelas em que ela fez a denúncia junto ao TJMT.

A informação de que Campos deve ser ouvido pelos deputados estaduais foi divulgada pela vice-presidente da ALMT, deputada Janaina Riva (MDB), na manhã da última quarta-feira (24).

A possível abertura de uma CPI pelos parlamentares ganhou força após o reintegratório dos militares junto ao juiz da décima primeira vara da Justiça Militar, Marcos Faleiros.

O presidente da OAB deve ser convidado a participar do próximo colégio de líderes, terça-feira (30). Somente depois, os deputados devem decidir de maneira colegiada sobre a abertura ou não de uma CPI para investigar a prática de grampos ilegais em Mato Grosso.

Veja Mais

Deixe seu Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *