MPE diz que condenações das Operações do Gaeco não serão anuladas

O procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, José Antônio Borges, disse, em entrevista à imprensa, nesta semana, após reunião no colégio de Líderes com todos os deputados estaduais da Assembleia Legislativa, que não existe nenhuma possibilidade das Operações chefiadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – Gaeco – serem anuladas em decorrência dos depoimentos dos militares ao juiz da décima primeira Vara da Justiça Militar, Marcos Faleiros.

Os réus acusaram promotores do Ministério Público de praticarem “barriga de aluguel” para se obter a quebra do sigilo telefônico de alvos de operações ilegalmente e também do alto escalão do governo Pedro Taques (PSDB), já que no depoimento dos militares, eles confessaram que fizeram escutas ilegais na campanha de 2014 a Governo do Estado.

José Antônio Borges abriu nove procedimentos investigatórios em que membros do MPE são citados pelos militares.

“Tem umas informações aí, que estão dizendo, que vai ser tudo anulado. Nenhum processo que houve, seja de tráfico de drogas, se alguém foi denunciado e condenado, é porque a droga foi encontrada. Se políticos, se houve desvio de dinheiro, acima de tudo porque houve o desvio de dinheiro, é uma das provas fazer interceptação telefônica, uma interceptação telefônica não leva ninguém a ser condenado. Não vai ser nada anulado. Os processos que ocorreram houve materialidade, houve desvio de dinheiro, houve delação, houve devolução de dinheiro. Agora está se dizendo que vai anular tudo porque havia grampolândia no Gaeco. Grampolândia houve por indução do juiz de Cáceres com um escritório montado. No Ministério Público não houve grampolândia, se houver, as pessoas serão responsabilizadas”.

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