Soja segue em alta no Brasil, mesmo com China ausente

Segundo apurou a pesquisa diária do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da USP), os preços da soja no mercado físico brasileiro fecharam a segunda-feira (29.07) com preços médios da soja nos portos do Brasil sobre rodas para exportação oferecidos pelas Tradings no porto avançarem 0,84%. Isso elevou a saca para a média de R$ 78,79, reduzindo as perdas do mês para 3,68%.

Já os preços do mercado interno, que sofrem outras influências, subiram 0,20%, para R$ 73,84/saca, reduzindo as perdas de julho para 3,12%. “A alta de 0,28% das cotações em Chicago, nesta segunda-feira, somada à alta de 0,27% na cotação do dólar, fizeram os preços médios subir”, explica o analista da T&F Consultoria Agroeconômica, Luiz Pacheco.

“Relatórios de Brokers internacionais, que atuam no mercado chinês, aos quais a T&F tem acesso exclusivo, registraram que, apesar das expectativas do mercado, a China continuou ausente do mercado nesta segunda-feira. O efeito disto foi a queda de outros 5 cents nos prêmios dos meses mais próximos nos portos da América do Sul”, diz Pacheco.

Por outro lado, aponta a T&F, os fretes internacionais continuam firmes, como estamos informando desde a semana passada, contribuindo para a queda dos prêmios, de um lado, e aumento dos preços CIF China, de outro.

FUNDAMENTOS

O relatório semanal sobre as condições das lavouras americanas de soja registrou que a soma das lavouras em condição “boa/excelente” continua em 54%, como na semana passada. No entanto, as lavouras em condição “excelente” melhoraram 1 ponto percentual, para 9%, o que poderá ser um fator negativo para o início do pregão desta terça-feira, mas que logo será contrabalanceado pelo grande número das exportações, que foram bem acima da expectativa do mercado.

“Contudo, na mesma época do ano passado a soma das lavouras em condição boa/excelente era de 70%. As lavouras em floração (blooming) ainda estão muito atrasadas: apenas 57%, contra 85% na mesma semana do ano passado e 79% de média dos últimos 5 anos. Também as lavouras que estão colocando vagens (setting pods) estão muito atrasadas: 21%, contra 58% na mesma semana do ano passado e 45% na média das últimas 5 safras”, conclui Pacheco.

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