Gerente de fazenda acusado de matar pai e filho procuradores vai a júri

Nesta terça-feira (06), será julgado em sessão do Tribunal do Júri um caso que ganhou repercussão nacional, o assassinato de dois procuradores de Estado, pai e filho, respectivamente.
O suspeito de ter cometido o duplo homicídio é o gerente da fazenda da família, José Bonfim Alves Santana, no município de Vila Rica (1.259 km de Cuiabá).
O réu será levado a júri pelo homicídio do procurador aposentado do Distrito Federal, Saint’Clair Martins Souto e do filho dele, Saint’Clair Diniz Martins Souto, procurador do Estado do Rio de Janeiro. O crime ocorreu em 9 de setembro de 2016.
O réu está preso na penitenciária Major PM Zuzi Alves da Silva, em Água Boa (730 km a leste), e confessou o crime à polícia.
O júri terá início às 7h, no salão do Tribunal do Júri do Fórum de Vila Rica, e se estenderá pelos dias 7 e 8.
O crime
De acordo com a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso, Bonfim teria matado os procuradores para não ser descoberto em comercialização de cabeças de gado dos patrões.
Pai e filho viajaram até a Fazenda Santa Luzia justamente para averiguar a irregularidade com o gado e o acusado teria ouvido uma conversa entre eles dizendo que iriam levar o caso à polícia.
Na manhã do dia 6 de setembro, o gerente da fazenda chamou Saint’Clair, de 78 anos na época, para andar a cavalo e, quando estavam a cerca de 1.300 metros da sede da fazenda, atirou pelas costas, matando-o na hora.
Bonfim retornou à sede da fazenda e disse ao filho da vítima que seu pai havia caído do cavalo e que precisava de ajuda para socorrê-lo.
Diante da suposta emergência, os dois foram até o local dos fatos montados a cavalo e, chegando ao pasto, o denunciado sacou mais uma vez a arma e disparou também nas costas da vítima, atingindo-o por três vezes.
O gerente da fazenda foi preso quatro dias depois, em Tocantins, por posse ilegal de arma de fogo.
O réu foi pronunciado pelos crimes de duplo homicídio mediante dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima, para assegurar a vantagem de outro crime, ocultação de cadáver, fraude processual e posse irregular de arma de fogo.

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