Selma diz que organizações criminosas do meio político tentam desqualificar MPE

A senadora por Mato Grosso, Selma Arruda (PSL), afirmou que organizações criminosas do meio político tentam transformar o Ministério Público (MP) no grande vilão das ações idealizadas por grupos de políticos envolvidos em esquemas de corrupção. O comentário foi feito durante a sessão plenária no senado desta segunda-feira (05).

Citando o vazamento de conversas do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e demais integrantes da operação Lava Jato, Selma disse que em Mato Grosso existe uma situação parecida, que tenta colocar em xeque a todo custo, a credibilidade do trabalho investigativo de membros do MP.

Segundo a senadora, um claro exemplo disto, é o caso das escutas ilegais (barriga de aluguel), que ficou conhecido por Grampolândia Pantaneira. Esquema foi descoberto em 2017 ainda na gestão do então governador Pedro Taques (PSDB).

Reú confesso na ação, o cabo da Polícia Militar, Gerson Correa Júnior, acusou membros do Ministério Público Estadual (MPE-MT) de terem envolvimento nas interceptações telefônicas.

“De mocinhos, os promotores do Gaeco e da 7ª vara viraram os grandes vilões, por astúcia e ação indevida dessas organizações criminosas. Isso serve de exemplo para nós, como legisladores, de como elas agem. É desta forma, por isso que elas são tão fortes e difíceis de derrubá-las. Elas sempre vão conseguir mediante influência política ou força do dinheiro, da corrupção ou do dinheiro, elas sempre irão conseguir reverter as suas perdas”, destacou a senadora.

No mesmo discurso em que lembrou as prisões do ex-governador Silval Barbosa e do ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, Selma Arruda disse ser necessário que algo seja feito para que essa inversão de culpa não aconteça mais e repudiou a Ordem dos Advogados do Brasil e de Mato Grosso, que segundo ela, contribui para a troca de valores.

“Tomara que essa inversão de valores não resulte no pior e que consigamos refletir que enquanto a briga pelo poder continuar, fazendo o judiciário e autoridades investigativas ficarem acuados, quem ganha é da defesa dos mau feitores. Quem perde com tudo isso é só o Brasil e os brasileiros”, finalizou.

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