Presidente da Amam mantém fala sobre prisões em massa

O presidente da Associação Mato-grossense de Magistrados (Amam), Tiago Abreu, manteve seu posicionamento afirmando que Mato Grosso poderá ter uma prisão em massa de promotores de justiça. O comunicado veio por meio de uma nota, emitida pela entidade nesta sexta-feira (09).

A Amam cita que as as declarações do magistrado se referem “a qualquer cidadão envolvido no escândalo conhecido como Grampolândia Pantaneira”.

Afirma ainda que o juiz sempre reitera esse posicionamento, toda vez que questionado sobre o caso e que isso faz do episódio, uma declaração pública sem outra intenção a não ser analisar a postura do Poder Judiciário .

“Em entrevista concedida esta semana a uma emissora de rádio da Capital, o juiz Tiago Abreu chegou a comentar o caso, afirmando: “se ficar constatada esta intempérie acredito que teremos muitas prisões e isto irá despertar uma reorganização, uma restruturação de todo o aparato que hoje é montado com a finalidade de desbaratar o crime organizado.”, diz trecho da nota.

A afirmação da suposta prisão em massa de promotores no estado foi revelada em reportagem do site Correio Braziliense, na última quinta-feira (08). Conforme o site, o trecho da fala estava em um áudio compartilhado por Abreu a um colega de Brasília.

Nesta-sexta-feira (09), a Associação Mato-grossense do Ministério Público (AMMP) classificou as declarações de Tiago Abreu como uma “leviana e superficial apreciação dos fatos”. A entidade também criticou a conduta do juiz, dizendo ser “típica de difamação e calúnia”.

Confira na íntegra a nota da Amam:

A Associação Mato-grossense de Magistrados (AMAM) vem a público esclarecer que as declarações dadas pelo presidente da entidade, juiz Tiago Abreu, sobre possíveis prisões se referem a qualquer cidadão envolvido no escândalo conhecido como “Grampolândia Pantaneira”. Desde que, óbvio, comprovada a sua participação.

O magistrado tem reiterado tal observação todas as vezes em que é questionado sobre o caso, o que se torna, portanto, uma declaração pública, sem quaisquer intenções outras que não a de analisar qual seria a postura comum do Poder Judiciário.

Em entrevista concedida esta semana a uma emissora de rádio da Capital, o juiz Tiago Abreu chegou a comentar o caso, afirmando: “se ficar constatada esta intempérie acredito que teremos muitas prisões e isto irá despertar uma reorganização, uma restruturação de todo o aparato que hoje é montado com a finalidade de desbaratar o crime organizado”.

O magistrado defendeu a postura do Poder Judiciário na condução do processo e acredita que, comprovando-se tudo que vem sendo falado até o momento nas audiências pelos envolvidos no caso em questão, este será um dos maiores atentados à democracia dentro do Estado Democrático de Direito desde a sua redemocratização.

O presidente da entidade ainda faz questão de parabenizar a atuação dos magistrados envolvidos nos processos da “Grampolândia Pantaneira”, que conduzem as ações de maneira célere e respeitando todas as normas processuais.

A AMAM reitera o respeito ao Ministério Público e o trabalho do Gaeco, que muito já contribuiu no combate ao crime organizado, e reconhece o importante trabalho realizado por seus membros ao longo dos anos junto a sociedade mato-grossense.

A entidade reforça que está vigilante na defesa e manutenção do respeito ao Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso.

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