Familiares de detentos acampam na porta da PCE após operação

Familiares de detentos ficaram acampados na tarde desta terça-feira (13), na porta da Penitenciária Central do Estado, no Bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá.

A ação ocorreu após a Secretaria de Estado de Segurança Pública deflagrar uma operação interna na unidade prisional.

Os familiares se uniram em frente ao local após rumores de que os detentos estariam sem energia elétrica, sem comida ou água. Mas, por volta das 16h, o diretor da PCE, Agno Santana, apareceu para esclarecer dúvidas e tranquilizá-los.

“O preso não é nosso inimigo. Ele é nossa responsabilidade. Eu estou à frente dessa operação, entrando em cada cubículo para que eles entendam o objetivo da operação, que é melhorar as instalações, para que vocês tenham uma visita descente, para que eles cumpram a pena em um local com mais saúde e digno”, explicou.

Ele ainda acrescentou “A Secretaria está debruçada em cima desse objetivo. O início dessa operação é ‘sem trauma’. Sabe por que não foi divulgado? Justamente pra não criar fofocas e difamações, que divergem do que está sendo feito. Eu sei o quanto vocês estão preocupados. Nós lutamos dia e noite para que seja mantida a integridade deles. Nós estamos movimentando 2.413 presos sem dar um disparo”, afirmou.

A Operação

Uma operação intensiva foi deflagrada pelo Sistema Penitenciário com o objetivo de fazer uma revista geral nas carceragens para tirar regalias de presos da Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá. As ações tiveram início nesta terça-feira (13), às 9h.

A operação tem com objetivo, fortalecer as ações de enfrentamento a crimes que possam ser cometidos dentro da unidade penal, além de se antecipar a possíveis atos delituosos.

Serão verificadas também as condições estruturais da área da carceragem e feita a retirada de produtos que estão em desconformidade com o Manual de Procedimento Operacional Padrão do Sistema Penitenciário. Após a revista geral será iniciada a reforma nas celas dos raios 1,2,3 e 4.

Nesta semana estão suspensas as visitas, assim como o atendimento a advogados e defensores públicos. Apenas as escoltas emergenciais, em caso de saúde, serão realizadas.

A secretaria esclarece ainda que não houve intercorrência nas atividades de revista e tampouco foram registradas agressões ou morte. Não há, por enquanto, registro de apreensão de materiais ilícitos, como celulares e entorpecentes. Um balanço parcial do que foi retirado das celas será divulgado posteriormente.

A presidente em substituição do Sindspen-MT, Jacira Maria da Costa Silva, esclarece que, a operação é um pedido dos servidores do sistema penitenciário, por meio do sindicato à Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp-MT), tendo em vista o crescimento do crime organizado dentro de unidades penais, que culminou no assassinato do agente penitenciário de Lucas do Rio Verde (a 333 km de Cuiabá), Elison Douglas, em 30 de junho.

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