CPI convoca Pátio e delator para deporem sobre incentivos

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Renúncia e Sonegação Fiscal aprovou na manhã desta quinta-feira (15) a convocação do empresário do setor de combustíveis Gércio Marcelino Mendonça Júnior, conhecido como Júnior Mendonça. O depoimento está programado para o dia 22 deste mês

A decisão atendeu requerimento do deputado estadual Carlos Avalone (PSDB).

“Muitos postos estão fechando em Mato Grosso enquanto as unidades do senhor Junior Mendonça estão em plena ascensão. Não há irregularidade nisso. Entendemos que o empresário Júnior Mendonça detém conhecimento técnico a respeito do setor”, destacou Avalone.

Atendendo a um pedido do presidente da CPI, deputado Wilson Santos (PSDB), foi aprovado convite ao prefeito de Rondonópolis (225 km ao Sul de Cuiabá), José Carlos do Pátio (SD), para prestar informações na sessão do dia 29 deste mês.

Enquanto deputado estadual da legislatura anterior, Zé do Pátio presidiu a CPI dos Incentivos Fiscais e deverá prestar informações a respeito do teor destas investigações e quais os desdobramentos finais em sessão programada para o dia 22 deste mês.

“Foram autorizados nos últimos anos em Mato Grosso incentivos fiscais via decreto, o que é ilegal, e operações policiais para combater fraudes.

O ex-deputado Zé do Pátio pode contribuir e muito com o rum da atual investigação”, ressaltou o deputado Wilson Santos.

Ainda foi aprovado requerimento de autoria do deputado Max Russi (PSB) que recomenda um estudo técnico a respeito do fechamento dos postos de combustíveis dos cinco maiores municípios de Mato Grosso (Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop e Tangará da Serra).

“Muitos postos de combustíveis estão sendo fechados gerando, no mínimo, 30 empregos a menos. Enquanto outras unidades estão em plena expansão. Já houve também o depoimento do Aldo Locatelli que expôs ilegalidades no pagamento de impostos”, disse.

A CPI ainda atendeu pedido do deputado Carlos Avalone para que seus membros avaliem uma data para agendar o depoimento de um dos membros da cúpula da PLURAL (Associação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Lubrificantes, Logística e Conveniência).

Ainda foi discutido a pedido de Avalone avaliar a possibilidade de os membros da CPI irem até São Paulo para dialogar com o promotor de Justiça, Luiz Alberto Segalla Bevilacqua para discutir a proximidade do crime organizado com a respeito da sonegação de impostos.

Os trabalhos de investigação pela Assembleia Legislativa a respeito de sonegação de impostos e fraudes nas renúncias fiscais pela iniciativa privada foram retomados nesta quinta-feira (15) após a interrupção em abril por falta de equipe técnica.

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