As lavouras de Mato Grosso estão sendo preparadas para mais uma safra de soja com possibilidade de recorde na produtividade.
Os produtores ainda corrigem elementos do solo a espera das primeiras chuvas e assim dar partida das plantadeiras.
O periodo também é de conhecer novas tecnologias que agregam a chamada “agricultura de precisão”, uma delas é a rastreabilidade através do blockchain.
“Este é uma rede online que armazena dados de todo o processo de produção, como a semente utilizada, o período de cultivo, a quantidade de agrotóxico usado entre outros fatores”, destacou Persival Lucena, que é mestre pela Unsp em sistema de tecnologia para o agronegócio.
Lucena reforça que quando estes dados são cadastrados o sistema emite certificados que serão usados na fiscalização da veracidade.
“Estes dados armazenados permitem ao comprador de determinado grão ter a certeza de que o que ele está comprando foi cultivado da maneira que ele deseja”, contou Lucena.
Está rastreabilidade de produtos como o milho e a soja já agrega valor na comercialização das sacas, de acordo com Renato Torres, que é coordenador de projetos da Embrapa, alguns mercados que compram produtos de Mato Grosso já exigem esse processo e pagam mais por isso.
“Principalmente em contratos de soja não transgênica a rastreabilidade já é realidade. Ela que garante ao comprador que a soja que está sendo entregue a ele segue os requisitos do contrato”, explicou Torres.
O sistema funciona como um aplicativo, ou seja, produtor e comprador podem acessar os dados pelo celular.
“É uma tecnologia simples mas que irá transformar a economia de Mato Grosso”, concluiu Torres.