Oficiais queriam fraudar arma usada em crime

As investigações do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), realizadas durante a operação Coverage, deflagrada na manhã da última quarta-feira (21), revelaram que os militares alvos da ação tinham como objetivo, fraudar uma arma que pertence ao tenente PM Cleber de Souza Ferreira, que está preso.

Ele é um dos acusados na Operação “Assepsia”, que investiga a entrada de 86 celulares dentro de um freezer na Penitenciária Central do Estado (PCE), em junho desde ano.

Na operação deflagrada na quarta-feira, além de Cleber, que também é investigado na operação “Mercenários”, que apura a participação de policiais em um grupo de extermínio, que matava sob encomenda em Cuiabá e Várzea Grande, nos anos de 2015 e 2016.

Outros três oficiais da Polícia Militar foram alvos do Gaeco, acusados de participarem do esquema criminoso.

São eles: tenente Thiago Satiro Abino, tenente-coronel Marcos Eduardo Ticianel Paccola e o tenente-coronel Sada Ribeiro Parreira.

De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE-MT), após a averiguação de mensagens trocadas entre os suspeitos, ficou comprovado que os PMs tinham o claro objetivo de encobrir a origem da pistola Glok 9 milímetros, alterando a sua documentação original no sistema informatizado da Polícia Militar.

Segundos os autos, a arma teria sido utilizada em sete homicídios descritos na operação “Mercenários”, sendo quatro tentativas e três homicídios.

Em uma das mensagens trocadas pelos aplicativo WhatsApp, os militares investigados fazem piadas com a facilidade de alterar dados de armamentos no sistema da Polícia Militar, dando a entender que é comum a prática de atos ilícitos por parte da organização criminosa dentro da corporação.

Ainda na operação de quarta-feira, também foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva contra Claudiomar Garcia de Carvalho, por crimes de homicídios qualificados em atividade típica de grupo de extermínio. Claudiomar também é um dos investigados na operação “Mercenários”.

O tenente-coronel Marcos Eduardo Ticianel Paccola não foi preso na Operação Coverage porque conseguiu, na madrugada da operação, um habeas corpus preventivo junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

O tenente Cleber de Souza Ferreira já estava preso por conta de outra operação envolvendo a entrada dos 86 celulares na PCE.

O tenente-coronel Sada Ribeiro Parreira e o tenente Thiago Satiro Albino passaram por audiência de custódia, ontem mesmo, mas o juiz da 11ª Vara da Justiça Militar, Marcos Faleiros, manteve a prisão deles. A defesa dos envolvidos deve recorrer pela liberdade dos suspeitos.

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Um comentário em “Oficiais queriam fraudar arma usada em crime”

  1. Ana disse:

    Tem meu voto e da minha família! O vereador mais atuante.

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