Mendes diz que “fake news” prejudica imagem do agro

O governador do Mato Grosso Mauro Mendes (DEM) afirmou, em entrevista ao Jornal da CBN nesta segunda-feira (26), que “houve uma desproporcionalidade da reação interna e externa” em relação às queimadas que atingem a Amazônia.

Em sua avaliação, “as mídias sociais são importantes, mas acabam proliferando realidades que, às vezes, não são verdadeiras”. Para ele, isso criou um pânico no país internacionalmente, o que é muito ruim para a imagem do Brasil, sobretudo para o agronegócio.

Mendes afirma que a preocupação principal do seu estado, ao aderir ao programa do Governo Federal, é garantir recursos humanos e financeiros “para que possamos ser mais rápidos e eficientes no combate a qualquer assunto ligado ao meio ambiente”, buscando uma “blindagem ambiental ao país”.

O governador do Mato Grosso atribuiu o aumento nos incêndios ao longo período de estiagem, que “cria um cenário altamente propício”, somado ao que chamou de irresponsabilidade de algumas pessoas. Ele garante que a grande parte dos focos de incêndio no estado do Mato Grosso são pequenos, pontuais e menores.

“A maioria dos focos, no nosso estado, se iniciaram próximos a cidades ou a pequenas atividades […] mas existe também uma região, ao norte e nordeste do Mato Grosso, que é uma fronteira da Floresta Amazônica, onde pessoas estão, sim, cometendo esses crimes. Eles fazem as derrubadas e ateiam fogo como forma de ‘limpar’ essa área”, reconhece.

Mauro Mendes justificou, ainda, que o estado está utilizando uma tecnologia “extremamente moderna”, que é capaz de detectar focos de queimadas em tempo real, o que permite uma atuação mais rápida.

Ele disse que, neste ano, o estado do Mato Grosso aplicou 300 multas por desmatamento sem autorização, que variam entre R$ 1 mil e R$ 10 mil por hectare.

O governador alegou, ainda, que, de 2018 para 2019, o Mato Grosso foi o único dos nove estados que compõem a Região Amazônica que reduziu o desmatamento.

Amanhã, o presidente Jair Bolsonaro vai se reunir com os governadores da região. A expectativa é que seja detalhado o plano do Governo Federal para o combate aos incêndios.

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