Mulher descobre que tem vírus HIV ao ver foto de acusado na imprensa

A delegada Nubya Beatriz Gomes dos Reis, da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá, revelou à imprensa que mais duas mulheres apareceram como vítimas de Haroldo Duarte da Silveira, de 32 anos.

Ele foi foi preso, nesta quinta-feira (29), pela Polícia Judiciária Civil, suspeito de transmitir  virus HIV (Síndrome da imunodeficiência adquirida),  doença fatal e incurável, para quatro mulheres com quem se relacionou por vários anos.

Agora, ao todo, são seis vítimas que contraíram a doença.

De acordo com a delegada, a quinta vítima descobriu ser portadora do vírus HIV ao ver reportagens sobre o caso nos veículos de comunicação.

Ao tomar conhecimento, a mulher, com quem disse ter tido relacionamento com Silveira, fez um teste e deu positivo.

Ela procurou a Delegacia onde foi feito um boletim de ocorrência.

“A nossa orientação é para que todas as mulheres que se relacionaram com o suspeito que façam o exame para saber se tem o vírus ou não”.

O suspeito estava fora do Estado e foi preso ao retornar para Cuiabá. Ele foi indiciado por cinco tentativas de feminicídio.

As vítimas, ao serem ouvidas em declarações, foram uníssonas em afirmar que durante as relações sexuais o investigado em momento algum anunciou ser portador de doença ou usou qualquer tipo de proteção.

A materialidade foi verificada após exames laboratoriais das vítimas e do suspeito, o qual sequer poderia alegar desconhecer carregar o vírus.

Em que pese à polêmica existente em relação à tipificação do crime, a delegada Nubya Beatriz Gomes dos Reis, entendeu que o suspeito agiu com dolo na modalidade eventual, pois assumiu o risco de contaminar suas parceiras com doença que se não detectada e tratada poderia levá-las a morte. “Sendo assim o indiciei pelo crime de feminicídio tentado, quatro vezes”, disse.

A delegada informou que para salvaguardar a integridade física e psicológica das vítimas, e evitar que o suspeito realize novas contaminações, representou pela prisão preventiva dele em todos os inquéritos policiais.

A delegada ressalta que o virus HIV é de conhecimento de qualquer homem médio que trata-se de uma doença que pode levar ao óbito, se não diagnosticada e corretamente tratada, sendo assim, em seu entendimento, torna-se claro o investigado assumiu o risco de levar todas as suas companheiras a morte.

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