Balanço da Missão Técnica da Famato 2019 é positivo

Semana muito produtiva. Troca de informação, conhecimento e a oportunidade de ver novas tecnologias. Este é o balanço da Missão Técnica dos Estados Unidos 2019 promovida pelo Sistema Famato/Senar/Imea na última semana.

Na sexta-feira (30.08), o grupo de mato-grossenses visitou um dos centros de pesquisa da Bayer, a incubadora Helix Center e o Danforth Center, que é um laboratório de pesquisa. E o sábado foi reservado para a visita à eclusa Melvin Price, no rio Mississippi, que permite a navegação em qualquer época do ano.

Os últimos dias de trabalho para os mato-grossenses foi em St. Louis, estado de Missouri, região americana com mais cientistas com doutorado e pós-doutorado dos Estados Unidos por metro quadrado. É uma região onde todos trabalham unidos com o objetivo de transformar o lugar no Vale do Silício do Agro.

Para o produtor Jonas Iape, de Campo Novo do Parecis, toda viagem é sempre produtiva. “Tem muita coisa que ainda não podemos levar para o Brasil, mas vamos levar ideias que ajudarão a melhorar o manejo em nossa propriedade. Todos temos o mesmo interesse em diminuir os custos”.

Além das estufas do Centro de Pesquisa da Bayer, o grupo teve a oportunidade de assistir uma palestra feita pelos executivos da Climate Corp que tem como objetivo juntar as informações de todas as fazendas associadas e recomendar a tecnologia para cada uma delas de forma fácil, ou seja, no celular ou tablete.

A incubadora Helix Center, com 24 empresas incubadas, foi outro ponto de parada para os mato-grossenses. Nos últimos sete anos, pelo menos 40 empresas passaram pela Helix. Destas, 80% conseguiram capital para continuar acelerando o desenvolvimento ou um investidor.

O Laboratório Danforth, um legado do fundador da empresa Purina, tem pelo menos 170 pesquisadores de 22 países diferentes, incluindo o Brasil. Nesta visita, os produtores tiveram a oportunidade de conversar sobre biotecnologia e diversas nova variedades das mais variadas culturas.

Depois tantas visitas o pecuarista de Paranatinga, Eduardo Minouro, afirma que viagens técnicas são investimentos em capacitação. Já para o pecuarista e diretor do Sindicato Rural de Arenápolis, Alfredo Souto e Silva Filho, é a oportunidade de comparar. “Penso que é preciso valorizar o que temos e aproveitar as novidades”.

Etso Rosolin acrescenta que as viagens são grandes eventos de aprendizado. “Aprendo muito quando participo destas missões técnicas”. Rosolin é pecuarista em Juara e, segundo ele, o manejo do gado nos Estados Unidos é muito diferente do Brasil, mas enfatiza que viajar é sempre uma oportunidade de aprender. “Admiro o sistema de comercialização dos americanos”.

Pra Raul Costa Neto, produtor de soja e milho e ganhador da 4ª edição do Prêmio Famato, o que mais chamou a atenção na viagem foi o sistema de armazenagem. “É tudo na superfície. A estrutura é mais barata e, isso para nós seria uma economia grande, mas ainda está inacessível”.

E para o presidente do Sindicato de Campo Novo do Parecis, Antonio Brolio, uma das coisas que chamou a atenção foi o trabalho voluntário das pessoas com mais de 65 anos. “Nesta viagem vimos muito isso. É cultural, mas vejo como uma forma de valorizar e respeitar o conhecimento destas pessoas”.

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