Dia 7 de setembro de 2019, próximo sábado, faz 20 anos que Mato Grosso vivenciou um dos casos policiais mais rumorosos de todos os tempos.
A morte do juiz Leopoldino Marques do Amaral.
Ele foi encontrado parcialmente com o corpo carbonizado e com marcas de tiros, em Concepción, no Paraguai, no dia 7 de setembro de 1999.
O magistrado, antes de morrer, denunciou um suposto esquema de venda de sentenças e falcatruas no Tribunal de Justiça do Estado.
O acusado de ser o mandante do crime, o empresário Josino Guimarães, já foi a júri popular pelo crime.
O julgamento realizado, em 2011, foi anulado a pedido do Ministério Público Federal (MPF) e a Justiça Federal determinou que ele vá a júri pela segunda vez.
A ex-escrevente Beatriz Árias, acusada de envolvimento na morte de Leopoldino, foi condenada em júri realizado nas dependências do Tribunal Regional Eleitoral, em 2001, onde o então procurador da República, Pedro Taques, trabalhou na acusação.
Marcos Peralta, que seria tio de Árias, foi acusado de ser o autor dos disparos que mataram o magistrado. Beatriz foi condenada a 12 anos de prisão e ele morreu na prisão, em 2005.
Em agosto deste ano, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio, acatou pedido liminar de Josino Guimarães e suspendeu temporariamente a necessidade de novo júri popular.
No primeiro julgamento, Guimarães foi considerado pelo jurado mandante do crime, mas o mesmo júri acabou o absolvendo.