Pessoas se assustam com coisas que nunca planejamos, diz diretor

Em entrevista ao R7, o diretor de IT: capítulo 2, Andy Muschietti, e a produtora Barbara Muschietti revelaram o que mais gostam de fazer quando assistem o filme que produziram em um cinema lotado.

— Quando estamos assistindo o filme com o público, o que mais nos fascina são as reações que as pessoas tem para coisas que nós nunca planejamos para serem assustadoras. Como todos estão imersos naquele sentimento, com adrenalina no corpo, eles se assustam ou reagem a coisas simples, como uma pessoa mexendo uma cadeira.

Andy revelou seu lugar preferido na sala de projeção para acompanhar os sustos da audiência.

— Eu sento no fundo da sala e vejo as cabeças se mexendo com os sustos, se escondendo. Como público, você não presta muita atenção nisto, porque você está no meio do cinema, compenetrado no filme, então você só sente isso. Mas como um produtor, que já viu o filme umas 200 vezes e não se assusta mais, você começa a prestar muita atenção nas cabeças, lá do fundo.

Estas reações também servem de termômetro para entender se o filme terá ou não uma boa recepção do público.

— Tudo depende das primeiras exibições fechadas. Elas são, de fato, as primeiras vezes que você assiste o filme com uma plateia. Então, como um diretor, você vê as pessoas rindo e, se tem uma piada no fim do filme e as pessoas ainda riem, significa que o filme deu certo ou que eles estavam prestando atenção. No terror, você consegue ver essas reações também.

Sobre como o longa se encaixa na nova onda de filmes de terror que tem chegado aos cinemas, Barbara é categórica: “Nós não ligamos”. Já Andy explica que enxerga em IT muitas de suas referências dos anos 80.

— Eu acredito que nosso filme não tem muita relação com a nova cena de filmes de terror que vem surgindo. Eu não acho que IT entre em qualquer tendência ou qualquer coisa sobre filmes de terror, na verdade, a maneira como há a mistura entre horror, humor e emoção, isso acaba esculpindo e criando um produto que eu reconheço mais em produções dos anos 80. Eu cresci nos anos 80 e são os filmes desta década que me marcaram e me moldaram. E, nesta época, os filmes eram de terror, mas tinham muita comédia envolvida, então acho que foi um processo muito natural.

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