Gaeco diz que PM tentou acessar registro de armas

As investigações do Ministério Público Estadual (MPE-MT) revelaram que o oficial da Polícia Militar, tenente-coronel Marcos Eduardo Ticianel Paccola, tentou fraudar o sistema informatizado da corporação na época em que atuava como servidor cedido ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), sob a gestão do atual presidente Carlos Alberto Alves da Rocha, no dia que o Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado – Gaeco – deflagrou a Operação Coverage, em 21 de agosto deste ano.

Este teria sido o fato novo que ensejou os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado a pedir nova prisão do oficial.

O programa, em questão, é utilizado para fazer o registro e gerenciamento de armas de fogo da PM, conhecido como Sirgaf.

Pacoola foi preso pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) no início da noite deste domingo (8).

De acordo com o mandado de prisão, o tenente-coronel teria acessado o sistema Sirgaf com o próprio login, no final da tarde.

Neste dia, Paccola conseguiu, por meio do seu advogado, na madrugada do dia 21 de agosto, um habeas corpus preventivo junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso evitando assim de ser preso.

Segundo o Gaeco, o militar tinha o objetivo de favorecer o grupo criminoso em relação a uma arma usada em homicídios sob encomenda, nos anos de 2015 e 2016, em Cuiabá e Várzea Grande, investigados na “Operação Mercenários”.

O revolver em questão é uma pistola Glok 9 milímetros, pertencente ao tenente PM Cleber de Souza Ferreira, preso em julho deste ano, na “Operação Assepsia”, acusado de participar do esquema que facilitou a entrada de 86 celular na Penitenciária Central do Estado (PCE).

Paccola foi servidor do TJ durante 8 meses, que compreendem janeiro a agosto deste ano.

Segundo informações do TJ, ele foi desligado do quadro de funcionários após o encerramento de suas atividades no órgão. O tenente-coronel ocupava o cargo de assessor militar.

Em janeiro, ele chegou a ministrar um curso de “Habilitação e Uso de Pistola” para um grupo de 25 militares que atuavam na sede do TJ e Fóruns de Cuiabá e Várzea Grande. (Leia mais aqui).

OUTRO LADO

A reportagem tentou falar com o advogado do oficial, mas até o fechamento desta matéria não tivemos retorno. O espaço segue aberto.

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