Casos de dengue aumentam 94,8% em Mato Grosso

Mato Grosso registra epidemia de dengue com 13.379 casos registrados nos últimos 8 meses. A situação coloca o Estado em alerta já que o número representa aumento de 94,8% se comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram 6.866 registros. A incidência também é maior e já chega a 400 casos a cada 100 mil habitantes. Até agora 3 mortes por dengue foram confirmadas e outras 3 são investigadas.

De janeiro até 24 de agosto, foram registrados 1,4 milhão de casos no país onde pelo menos 14 estados estão em situação de epidemia. Apenas Amazonas e Amapá apresentaram redução em relação a 2018. Ontem (12) o Ministério da Saúde lançou a Campanha Nacional de Combate ao Aedes aegypti que é voltada para o comportamento e a responsabilidade do cidadão. Com o tema “E você já combateu o Mosquito hoje?” a campanha convoca a população para o combate e esclarece que o principal desafio não é a água parada e sim as pessoas que são as responsáveis pelas ações de prevenção.

Em Mato Grosso, a cidade de Sinop (500 km ao norte de Cuiabá) tem o maior número de casos com 1.597 registros e está em alerta para a doença. A incidência é de 1175,4 casos para 100 mil/ha, um aumento de 351,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá) é a segunda cidade com mais registros, chegando a 686 esse ano e incidência de 308,6 por 100 mil/ha.

Cuiabá e Várzea Grande apresentaram quedas que chegam a 67,5% e 94,1%, respectivamente. A capital tem 417 casos esse ano, contra 1.283 em 2018. Nesse ano a incidência é de 70 pessoas infectadas a cada 100 mil. Já Várzea Grande são 88 registros contra 1.480 de 2018 e incidência de 32,1.

Ministro Luiz Henrique Mandetta afirma que o objetivo esse ano é conscientizar a população a fazer a sua parte, destinando no mínimo 10 minutos do dia para verificar se existe algum tipo de depósito de água no quintal ou dentro de casa. Segundo ele, em uma pesquisa feita 96% das pessoas entrevistadas sabiam responder o que é dengue e como ela é transmitida. Sabiam ainda citar pelo menos duas ações que precisam ser feitas para evitar a proliferação do mosquito, mas apenas 8% delas teriam realizado alguma dessas ações nos últimos dias.

Mandetta explica que a mensagem a ser passada nessa campanha é justamente para atingir essas pessoas que sabem o que devem fazer e não fazem. “O material traz testemunhos verdadeiros de pessoas que perderam entes queridos por causa da doença que pode ser, em parte, evitada apenas com as ações de prevenção”.

A antecipação da campanha, que antes era lançada em novembro, é para mobilizar a população antes que os casos comecem. Ministro chegou a citar Cuiabá que, apesar de estar sem chuva há mais de 4 meses, segundo ele precisa começar nesse período de seca com as ações para evitar a proliferação no verão. “Os ovinhos do mosquito estão lá esperando a água. Eles ficam viáveis nesses locais por até 400 dias, à espera de água”.

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